Deputados vão a Itinga cobrar punição para crime
político
Mobilizar a população e cobrar a realização do júri
popular são os objetivos da audiência pública que a Comissão de
Direitos Humanos promoverá em Itinga, nesta quarta-feira (23/5/05),
para esclarecer a morte de Vianey Ferreira Campos, militante do PT
assassinado em 5/2/00 pelo vereador Hermelino Ribeiro Evangelista
(PL). A reunião, solicitada pelo presidente da comissão, deputado
Durval Ângelo (PT), será no Plenário da Câmara Municipal (rua Hermes
de Castro, 10), às 9h30. Réu confesso de Vianey Campos, o vereador
responde ao processo em liberdade. O julgamento deverá acontecer em
Araçuaí, mas ainda não tem data marcada.
Hermelino Evangelista já teve a pronúncia anunciada
pela Justiça, mas recorreu da decisão. A pronúncia é a decisão
judicial que, reconhecendo como provada a existência de um crime e
admitindo haver indícios suficientes de ser o réu quem o praticou,
determina que seja registrada sua culpa e remetido o réu ao
julgamento final no tribunal do júri. De acordo com Simone Campos
Vilar, irmã do técnico da Emater assassinado, o crime teve motivação
política e foi praticado porque Vianey Campos seria o candidato do
prefeito Charles Azevedo Ferraz nas eleições para a Prefeitura.
Ele foi morto com três tiros à queima-roupa em um
bar, onde estava com a mulher e amigos. Hermelino Evangelista ficou
foragido e apresentou-se ao Departamento Estadual de Operações
Especiais (Deoesp) apenas três meses após o crime.
Convidados - Foram
convidados a participar da reunião os prefeitos de Teófilo Otoni,
Maria José Haueisen; de Araçuaí, José Antônio Martins Santana; e de
Itinga, Charles Azevedo Ferraz; a vereadora Maria de Lourdes Alves
Gusmão, de Itinga, e o presidente da Câmara daquele município,
Altair Vilar Guimarães; o promotor Carlos Henrique Torres de Souza,
da 4ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte; o promotor Eduardo
Francisco Louvato Bianco, da Comarca de Araçuaí; Antônio Francisco
Patente, advogado da família de Vianey Ferreira de Campos; e Simone
Campos Vilar, irmã do militante do PT assassinado.
|