Frente de apoio à micro e pequena empresa será lançada no dia 24

Crédito preferencial, tratamento tributário diferenciado e desburocratização são as principais reivindicações dos mic...

19/05/2005 - 00:00
 

Frente de apoio à micro e pequena empresa será lançada no dia 24

Crédito preferencial, tratamento tributário diferenciado e desburocratização são as principais reivindicações dos micro e pequenos empresários mineiros - um segmento que conduz 806 mil empresas formais no Estado, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa (Sebrae) em 2003. As dificuldades para obter crédito e a alta carga tributária determinam uma alta taxa de mortalidade das empresas no País: 45% nos dois primeiros anos e 50% em três anos. A difícil situação desse setor motivou a criação, pela ALMG, da Frente Parlamentar de Apoio à Micro e Pequena Empresa, que será lançada nesta terça-feira (24/5/05), às 19 horas, no Salão Nobre.

Segundo o deputado Carlos Gomes (PT), autor do requerimento para a criação da frente (com 50 assinaturas), é preciso um olhar diferenciado sobre os pequenos empresários, que muito contribuem para a geração de emprego e renda no Estado e no País. Ele defende uma legislação específica para a micro e pequena empresa (MPE) e a realização de um seminário como primeira ação da frente parlamentar, a fim de colher subsídios para a apresentação de um projeto de lei. O deputado lembra que as dificuldades enfrentadas pelo setor acabam contribuindo para levar os empresários para a informalidade - outro problema a ser encarado. Das 806 mil empresas formais no Estado, 63,1% estão no setor comercial e 44% têm faturamento de até R$ 60 mil/ano.

No que se refere ao universo das MPEs extintas, pesquisa de 2003 do Sebrae aponta que 50% delas conseguem recuperar de 10% a 20% dos recursos investidos. Do total de empresas extintas, 45% alegam como principal razão de insucesso, na pesquisa estimulada, falta de capital de giro. 90% dos recursos investidos são próprios ou oriundos de cheque especial ou cartão de crédito, como também informa a pesquisa. Do total de empresas extintas, um outro dado preocupante diz respeito à regularização na Junta Comercial: 62,5% não deram baixa na Jucemg. Se fechar uma empresa custa caro e demora, para abri-la são necessários até 152 dias e 15 procedimentos diferentes. Esses dados são de um estudo do Banco Mundial (Bird), que revelam ainda que, no Brasil, uma empresa pode levar até 10 anos para conseguir dar baixa, ou seja, ser fechada formalmente.

 

 

 

 

 

 

 

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