CPI vai ouvir representantes da Copasa e Igam nesta quinta-feira (12)

Na seqüência de suas investigações, a CPI da Mina de Capão Xavier vai ouvir nesta quinta-feira (12/5/05) representant...

11/05/2005 - 00:00
 

CPI vai ouvir representantes da Copasa e Igam nesta quinta-feira (12)

Na seqüência de suas investigações, a CPI da Mina de Capão Xavier vai ouvir nesta quinta-feira (12/5/05) representantes da Copasa e do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). A audiência atende ao requerimento do deputado Domingos Sávio (PSDB), que solicitou esclarecimentos dessas entidades e também da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). Para esta reunião, foram convidados o assessor da Diretoria de Operação da Copasa, Rômulo Tomaz Perili; e a diretora de Instrumentalização e Controle do Igam, Célia Maria Fróes.

A necessidade de ouvir a Copasa surgiu após a audiência com o procurador-chefe da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Joaquim Martins da Silva Filho, no dia 28 de abril. Ele afirmou que foi exigida a anuência da Copasa para liberar a exploração da mina de Capão Xavier, e que a empresa teria declarado "que não haveria impacto que comprometesse a qualidade da água". Segundo o deputado Leonardo Quintão (PMDB), um convênio firmado em 1996 entre a Copasa, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a MBR e o Instituto Estadual de Florestas (IEF) prevê que a implantação de atividade econômica no local da Mina Capão Xavier deve obedecer à Lei 10.793, de 1992.

A lei 10.793, que dispõe sobre a proteção de mananciais destinados ao abastecimento público no Estado, prevê que a Copasa deve emitir parecer sobre a instalação de projetos ou empreendimentos que comprometam os padrões mínimos de qualidade das águas, tais como atividades extrativas vegetal ou mineral, indústrias e hospitais. Agora, os deputados querem que a Copasa confirme se deu anuência para o licenciamento da mina. Outro representante da Copasa - o ex-diretor jurídico da empresa, Pedro Scapolatempore - deve também ser ouvido em breve pela CPI, a requerimento do deputado Adalclever Lopes (PMDB), para prestar esclarecimentos sobre esse convênio.

Na mesma reunião do dia 28 de abril, o procurador do Estado, César Raimundo da Cunha, afirmou que os pareceres técnicos da Feam e do Igam recomendaram a liberação de Capão Xavier por causa da anuência da Copasa e da PBH. Foi com base em informações técnicas fornecidas pelos órgãos estaduais que a Advocacia Geral do Estado também emitiu parecer favorável à mineração.

Histórico - Até o momento, a CPI da Mina Capão Xavier já realizou quatro reuniões em que ouviu os seguintes convidados: além de Joaquim Filho, da Feam (no dia 28 de abril), o ex-gerente regional do Instituto Estadual de Florestas (IEF) em Barbacena, Inácio Pereira Garcia Júnior (no dia 4 de maio); o promotor Fernando Galvão, da Curadoria de Proteção ao Meio Ambiente (no dia 26 de abril); e o funcionário público Gustavo Gazzinelli e o corretor Ricardo Santiago (no dia 14 de abril). A CPI da Mina Capão Xavier foi criada para, no prazo de 120 dias, apurar a regularidade dos processos de licenciamento prévio, instalação e de operação das atividades da MBR no Estado, bem como do julgamento dos recursos dos autos de infração atribuídos a essa mineradora.

 

 

 

 

 

 

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