Parlamentares do Mercosul discutem integração em Florianópolis

A deputada Jô Moraes, presidente da Comissão do Mercosul, da Assembléia, representou o Legislativo mineiro no IV Fóru...

02/05/2005 - 00:00
 

Parlamentares do Mercosul discutem integração em Florianópolis

A deputada Jô Moraes, presidente da Comissão do Mercosul, da Assembléia, representou o Legislativo mineiro no IV Fórum do Corredor Bioceânico Central, realizado na última quinta e sexta-feira (29/04) em Florianópolis, Santa Catarina. O evento foi realizado simultaneamente com o I Seminário sobre Recursos Hídricos e ao Encontro de Universidades do Mercosul. O IV Fórum teve como pauta a discussão de iniciativas de integração na área de infra-estrutura, cultura, integração universitária e criação de Centros de Negócios e Cooperação. Na opinião da deputada, a integração latino-americana tem, nas articulações dos países do Mercosul e associados, seu principal instrumento de efetivação.

Para a deputada Jô Moraes "o que orientou os dois dias de debate foi a discussão sobre as alternativas de integração autônoma da própria região". Segundo ela, apenas um expositor da mesa de abertura do Fórum, Professor Alcides Abreu, do Brasil, lançou a pergunta: "Por que não a Alca?", questionamento que não teria sido comentado nem mesmo pelo seu autor. Na opinião da deputada, a ausência de integrantes do governo federal foi a falha, provavelmente por uma visão imprecisa dos promotores do evento sobre os caminhos da integração.

Corredor Bioceânico - Uma iniciativa da União de Parlamentares do Mercosul (UPM), o evento contou com a presença de parlamentares, acadêmicos e executivos do Brasil, Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai. O Intendente da região de Valparaíso, Luis Guastavino falou, com entusiasmo, da importância do território entremares de várias nações para a integração do continente latino. "O Corredor Bioceânico Central é a porta de entrada para o maior mercado do mundo", disse, provavelmente referindo-se às possibilidades de exportação para a China, através do Oceano Pacífico.

"É a hora de aproveitarmos nossos recursos naturais e nossa proximidade", lembrou o representante do Chile. Segundo ele, o fenômeno da contiguidade é instrumento útil para a sobrevivência com integração subregional. O intendente também destacou a importância da criação de um banco interamericano de desenvolvimento, da aproximação das universidades e do desenvolvimento de recursos de infra-estrutura comuns. Para o representante do Ministério do Planejamento da Argentina, Juan Alberto Roccatagliata, "a cooperação regional, a infra-estrutura comum e a coesão social são as três coisas necessárias à integração da América Latina".

Outras alternativas que podem viabilizar a integração e o acesso ao Oceano Pacífico foram apresentadas, como as potencialidades do Aquífero Guarani, e o túnel de Água Negra, sob as cordilheiras. A continuidade dessa discussão foi anunciada com a realização, em agosto próximo, do segundo encontro da Organização Latino-americano dos Governos Intermediários - OLAGI e, no primeiro trimestre de 2006, do V Fórum do Corredor Bioceânico Central.

 

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