Comissão vai a Belo Vale apurar denúncia de danos ao meio ambiente

A Comissão de Meio Ambiente vai a Belo Vale, nesta segunda-feira (2/5/05), às 14 horas, visitar a área conhecida como...

02/05/2005 - 00:00
 

Comissão vai a Belo Vale apurar denúncia de danos ao meio ambiente

A Comissão de Meio Ambiente vai a Belo Vale, nesta segunda-feira (2/5/05), às 14 horas, visitar a área conhecida como "Lagoa das Casas Velhas" (rodovia MG-442, entre os Kms 6 e 8). O objetivo é averiguar danos ao meio ambiente que teriam sido causados pela Companhia Vale do Rio Doce, ao desmatar a área para fins de mineração e criar um depósito de rejeitos no local. A empresa também não teria acatado determinação do Tribunal de Justiça, que determinou a suspensão das atividades. Segundo a Associação pela Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de Belo Vale, que fez a denúncia, a "Lagoa das Casas Velhas" é Área de Preservação Ambiental (APA) e possui três nascentes.

O requerimento da visita é do deputado Laudelino Augusto (PT), que preside a comissão. Ele estará acompanhado, na viagem, pelo deputado Doutor Ronaldo (PDT), vice-presidente, e pela deputada Lúcia Pacífico (PTB). Foram convidados ainda a participar a presidente da entidade, Maria Aparecida da Glória Maia, e o analista de Meio Ambiente da Vale, Marco Aurélio Borges. Uma grande mobilização da comunidade de Belo Vale está prevista para a manhã desta segunda, antes da visita à área desmatada, cujos mananciais também teriam sido cobertos pela empresa, segundo a denúncia da população.

Histórico - De acordo com informações da bancada do PT, o Tribunal de Justiça determinou a suspensão das atividades da Vale no local em 25 de março. A multa diária em caso de descumprimento da determinação é de R$ 2 mil. A companhia conseguiu licença do Instituto Estadual de Florestas (IEF) para criar na "Lagoa das Casas Velhas" um depósito de rejeitos de mineração. O Ministério Público estadual, no entanto, questionou essa concessão e impetrou ação civil pública para suspender as atividades da empresa no local. Uma primeira liminar foi dada pelo juiz da comarca - que, em seguida, voltou atrás em sua decisão, deferindo recurso apresentado pela Vale. O Ministério Público recorreu, então, ao Tribunal de Justiça, que concedeu a liminar.

 

 

 

 

 

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