Plenário aprova indicação de Lúcio Urbano para ouvidor-geral

O Plenário da Assembléia aprovou, na manhã desta quarta-feira (27/4/05), a indicação do nome do desembargador Lúcio U...

27/04/2005 - 00:01
 

Plenário aprova indicação de Lúcio Urbano para ouvidor-geral

O Plenário da Assembléia aprovou, na manhã desta quarta-feira (27/4/05), a indicação do nome do desembargador Lúcio Urbano da Silva Martins para o cargo de ouvidor-geral do Estado. O nome foi aprovado por 32 deputados e a indicação teve voto contrário de outros dois. Conforme determina o Regimento Interno, a votação foi secreta e o nome de Lúcio Urbano foi aprovado por maioria simples de votos. O número necessário de deputados em Plenário era de 39 e, para efeitos de quórum, foi computada também a presença de 11 parlamentares em comissões. Lúcio Urbano foi sabatinado na terça-feira (26) pela comissão especial criada para analisar sua indicação. A Assembléia deve encaminhar nesta quinta-feira (28) a comunicação do fato ao governador.

A apreciação do indicado pela Assembléia está prevista no artigo 9º da Lei 15.298, de 2004, que criou a Ouvidoria-Geral do Estado. Segundo esse artigo, o ouvidor-geral e o ouvidor-geral adjunto serão escolhidos entre cidadãos com mais de 35 anos, de reputação ilibada e com formação universitária, indicados pelo governador e por ele nomeados, se aprovados pela Assembléia, para mandato de dois anos, permitida a recondução por igual período. De acordo com a lei, a Ouvidoria-Geral é um órgão autônomo, vinculado diretamente ao governador, e auxiliar do Executivo na fiscalização e no aperfeiçoamento de serviços e atividades públicos.

Discussão - Sete parlamentares usaram a palavra na fase de discussão: deputados André Quintão (PT), Biel Rocha (PT), Elisa Costa (PT), Carlos Pimenta (PDT), Doutor Viana (PFL), Rêmolo Aloise (PSDB) e Rogério Correia (PT). Elogios à atuação de Lúcio Urbano à frente da Secretaria de Estado de Defesa Social foram feitos. O deputado Biel Rocha mencionou a sabatina da última terça-feira e informou que o desembargador se comprometeu a instalar, ainda este ano, as Ouvidorias de Saúde, Ambiental e da Fazenda, Patrimônio e Licitações Públicas.

Já o 2º-vice-presidente, deputado Rogério Correia, fez várias críticas ao Executivo, afirmando que o ex-secretário não pôde fazer mais pela área de segurança pública por falta de vontade política do governo. Ele voltou a criticar a falta de investimentos na saúde. Segundo o parlamentar, em dois anos o Executivo teria deixado de aplicar no Sistema Único de Saúde (SUS) mais de R$ 1 bilhão.

PEC 78 continua em discussão

O autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 78/04, deputado Ricardo Duarte (PT), discutiu ainda sua proposição, pedindo o apoio dos parlamentares à sua aprovação. Ele afirmou que sua intenção é corrigir a Constituição estadual, que permite a criação de novas faculdades com autorização do Conselho Estadual de Educação (CEE), sem passar pelo crivo do Ministério da Educação (MEC) ou do conselho nacional.

Esse dispositivo é, para ele, inconstitucional e já existe uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) tramitando no Supremo Tribunal Federal sobre o assunto. De acordo com Duarte, o conselho estadual não tem "preparo técnico ou vontade política" para fazer a seleção das instituições de ensino e fiscalizá-las. O deputado pediu também a aprovação da emenda nº 3, segundo a qual a criação de novos cursos de Medicina, Odontologia e Psicologia deverá passar pelo crivo do Conselho Nacional de Educação.

 

 

 

 

 

 

 

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