Palestras alertam agentes municipais sobre LRF e papel do PPA

"Planejar é escolher; é dizer sim, para alguns projetos, e não, para outros." Assim o subsecretário de Planejamento d...

11/04/2005 - 00:00
 

Palestras alertam agentes municipais sobre LRF e papel do PPA

"Planejar é escolher; é dizer sim, para alguns projetos, e não, para outros." Assim o subsecretário de Planejamento da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Tadeu Barreto Guimarães, resumiu a importância e o papel do planejamento para as administrações municipais, ao participar do encontro regional "Desafios da Agenda Municipal 2005", no Plenário da Assembléia Legislativa. Ele foi o palestrante do painel que tratou da importância do Plano Plurianual (PPA) para os municípios, que abriu os trabalhos na parte da tarde do primeiro dia do encontro que reuniu agentes municipais da região Central do Estado, nesta segunda-feira (11/4/05).

Ao assinalar a necessidade de as ações governamentais acontecerem segundo um planejamento prévio, Tadeu Guimarães sugeriu que os municípios elaborem seus PPAs com base em quatro recomendações: a adoção do programa de governo do prefeito eleito como ponto de partida; a adequação desse programa às reais necessidades socioeconômicas do município e à disponibilidade de recursos financeiros e humanos; a discussão do PPA no Legislativo, com ampla participação da sociedade civil; e a definição de programas prioritários para acompanhamento direto e intensivo por parte do prefeito e da população. "O mais importante é estabelecer um conjunto reduzido de programas", enfatizou.

O segundo painel, a cargo de Márcio Kelles, assessor do Tribunal de Contas do Estado (TCMG), abordou a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ele disse que a lei veio ao encontro da necessidade de se pôr um fim ao histórico descontrole financeiro e orçamentário das administrações públicas no Brasil. "É preciso buscar resultados; mas não basta responsabilidade fiscal. É necessário, também, o compromisso social", declarou. Entre outras questões, Kelles falou sobre a complexidade da LRF e sua conexão com outros instrumentos legais, como a Lei de Licitações, o Código Penal, a Lei de Improbidade Administrativa; e os crimes de responsabilidade. O assessor do TCMG chamou atenção, ainda, para a responsabilização dos prefeitos em caso de irregularidades, mesmo em caso de delegação de responsabilidade de ordenação de despesas.

O gerente do Departamento de Infra-Estrutura Urbana do BDMG, Mário José Ferreira, detalhou as várias linhas de financiamento oferecidas pelo banco para prefeituras e empresas. Segundo ele, somente o projeto Novo Somma financiou em 2004 R$ 343 milhões em projetos de saneamento, infra-estrututra urbana e modernização administrativa.

O gerente de mercado da superintendência estadual do Banco do Brasil, Paulo Henrique Rodrigues, também apresentou linhas de crédito disponíveis para prefeituras. De acordo com ele, o Programa de Modernização da Administração Tributária, que conta com recursos do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social, é a única linha de crédito fora dos contigenciamentos do governo federal, porque é voltada para o aprimoramento dos mecanismos de arrecadação municipais.

Em seguida, os deputados Célio Moreira (PL) e Lúcia Pacífico (PTB) coordenaram o debate em que os participantes do evento puderam esclarecer dúvidas sobre a LRF e a fiscalização do Poder Executivo.

Mesa - Participaram da mesa dos trabalhos na tarde do primeiro dia do encontro regional em Belo Horizonte a deputada Lúcia Pacífico (PTB) - presidente, o deputado Célio Moreira (PL) - coordenador dos debates; o subsecretário de Planejamento da Seplag, Tadeu Barreto Guimarães; Márcio Kelles, assessor do Tribunal de Contas; Mário José Ferreira, gerente do Departamento de Infra-Estrutura Urbana do BDMG; e Paulo Henrique Rodrigues, da Superintendência Regional do Banco do Brasil.

 

 

 

 

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