Mantido veto a proposição sobre cobrança de consumação mínima

O Plenário da Assembléia de Minas manteve, na Reunião Extraordinária da manhã desta quinta-feira (31/3/05), mais dois...

31/03/2005 - 00:00
 

Mantido veto a proposição sobre cobrança de consumação mínima

O Plenário da Assembléia de Minas manteve, na Reunião Extraordinária da manhã desta quinta-feira (31/3/05), mais dois vetos: os Totais às Proposições de Lei 16.307 e 16.308, ambos com 27 votos pela manutenção e 14 pela rejeição. Para derrubar um veto, são necessários 39 votos contrários. Com a votação desta manhã, continuam na pauta do Plenário 11 votos na faixa constitucional, ou seja, com prioridade de votação sobre as demais matérias.

Originada do Projeto de Lei (PL) 931/03, do deputado Leonardo Moreira (PL), a Proposição de Lei 16.307 obriga os estabelecimentos comerciais a informar ao consumidor a cobrança de consumação mínima. Foi vetado pelo governador sob o argumento de que vários estados já proíbem a cobrança dessa consumação, e a aprovação dessa lei seria um retrocesso, ao legitimar indiretamente essa prática. A comissão especial criada para analisar o veto havia opinado pela sua manutenção.

Já o outro veto, o Total à Proposição de Lei 16.308, que se origina do PL 1.139/03, também do deputado Leonardo Moreira, autoriza o Executivo a doar a Maria Inez Castro Moreira um terreno de 2 mil metros2 localizado na Fazenda Monte Redondo, em Argirita, na Zona da Mata. O terreno havia sido doado ao Estado por Osmar Barbosa de Castro em 1967, para a instalação de uma escola estadual. Como a escola não funciona mais, a herdeira reivindica o terreno de volta. Nas razões do veto, o governador considerou a proposição inconstitucional e contrária ao interesse público, pois não seria permitido doar imóvel a particular. A comissão especial também havia aprovado parecer pela manutenção do veto.

Iniciada discussão de veto sobre policiais

Durante a reunião, os deputados iniciaram a discussão sobre o Veto Parcial à Proposição de Lei 16.368, que trata da concessão de reajuste a policiais civis, militares, bombeiros militares e ocupantes de cargos de agente de segurança penitenciário, bem como de adicional de periculosidade aos ocupantes dos cargos que menciona. Ao discutir o assunto, o 2º-vice-presidente da Assembléia, deputado Rogério Correia (PT), manifestou sua posição contrária ao veto do governador e criticou a forma como a imprensa divulgou a nomeação do então secretário de Planejamento e Gestão, Antônio Anastasia, para a pasta da Defesa Social. "Anastasia merece nosso respeito, mas há que se ter uma nova política de segurança pública. Se o governador não reconhecer isso, continuaremos com os problemas na área", disse.

Entre os problemas mencionados por Rogério Correia, foi destacada a situação de superlotação das Divisões de Tóxicos e de Furtos e Roubos. Ele posicionou-se contrário a uma possível política de cortes na Defesa Social. Os deputados petistas Durval Ângelo e André Quintão, líder do Bloco PT/PCdoB, se expressaram a favor das idéias do deputado Rogério Correira. André Quintou acrescentou a necessidade de se promover a valorização do serviço público em Minas Gerais.

Já os deputados Paulo Piau (PP), Sargento Rodrigues (PDT) e Célio Moreira (PL) pronunciaram-se otimistas em relação à mudança promovida no secretariado pelo governador Aécio Neves, ressaltando o espírito de gestão de Anastasia. Sargento afirmou que o veto do governador foi acordado entre as lideranças de classes, que optaram pelo percentual de reajuste linear, e não devido à periculosidade. Rodrigues salientou, ainda, o papel desempenhado pelo ex-secretário de Defesa Social, desembargador Lúcio Urbano, no tempo que ficou à frente da pasta, "quando fez o papel de transição a ele confiado". Ele acrescentou: "Acredito piamente que o secretário não fará cortes na área de segurança, mas sim dará um aporte maior ao setor".

No final da reunião, o deputado João Leite pediu a palavra para responder a críticas feitas pelo líder do Bloco PT/PCdoB, André Quintão, à política de assistência social praticada pelo governador Aécio Neves.

Capela - No início da reunião, a deputada Maria Tereza Lara (PT) usou a palavra para agradecer ao presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB), pela reforma realizada na Capela da Casa, "espaço importante de reflexão e espiritualidade".

 

 

 

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