Assembléia discute entrada ilegal de mineiros nos Estados Unidos

A emigração ilegal de mineiros para os Estados Unidos, bem como suas conseqüências, como prisões dos clandestinos e a...

18/03/2005 - 00:01
 

Assembléia discute entrada ilegal de mineiros nos Estados Unidos

A emigração ilegal de mineiros para os Estados Unidos, bem como suas conseqüências, como prisões dos clandestinos e até mortes, vai ser debatida na Assembléia Legislativa, pela Comissão de Direitos Humanos. A reunião será na quarta-feira (23/3/05), às 9 horas, no Auditório. O encontro terá como base a reportagem da revista "Isto É", de 2 de março, "Travessia Mortal", em que o repórter Alan Rodrigues denuncia a descoberta de um cemitério clandestino na região do deserto de Yama, Califórnia, onde estariam enterrados os corpos de 180 brasileiros mortos ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos.

Segundo o autor do requerimento que solicitou a reunião, deputado Padre João (PT), é preciso investigar a ação de quadrilhas que prometem colocar os emigrantes nos Estados Unidos, colocando em risco suas vidas. Na última semana um grupo de brasileiros, com 25 homens, 15 mulheres e cinco crianças, foi preso na fronteira com o México, ao longo do Rio Grande. Outros 50 já estavam detidos em Connecticut, depois de terem sido presos como trabalhadores clandestinos de um supermercado.

Além da reportagem da "Isto É", o requerimento do deputado Padre João tomou como base também reportagens publicadas pelo jornal "Estado de Minas", de 13, 14 e 15 de março, da jornalista Fernanda Odila, que denuncia as quadrilhas que providenciam passaportes ilegais e a travessia pelo deserto mexicano. Segundo Padre João, as denúncias são muito graves. "Estas pessoas estão sendo expostas a todo tipo de humilhação e risco. Nem as crianças são respeitadas, sendo obrigadas a enfrentar o deserto mexicano, e chegam a ficar em presídios americanos tratadas como criminosas. Não podemos fechar os olhos para isso", afirmou.

Foram convidados para participar dos debates as jornalistas Fernanda Odila e Maria Clara Prates, do jornal "Estado de Minas"; os jornalistas Alan Rodrigues e Milton Campos Melo, repórter e editor da "Isto É", respectivamente; e o procurador da República Eduardo Morato Fonseca.

 

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