Comissão aprova parecer de rejeição a dois vetos do governador

A Comissão Especial para emitir parecer sobre os vetos totais às proposições de Lei nºs 16.307, 16.359 e 16.363, em r...

17/03/2005 - 00:00
 

Comissão aprova parecer de rejeição a dois vetos do governador

A Comissão Especial para emitir parecer sobre os vetos totais às proposições de Lei nºs 16.307, 16.359 e 16.363, em reunião na tarde desta quinta-feira (17/3/05), aprovou pareceres pela manutenção do veto total do governador ao primeiro e pela rejeição aos demais.

A Proposição de Lei 16.307, que teve origem no Projeto de Lei 931/03, do deputado Leonardo Moreira (PL), obriga os estabelecimentos comerciais a informar ao consumidor a cobrança de consumação mínima. Foi vetado pelo governador sob o argumento de que vários estados já proíbem a cobrança dessa consumação, e a aprovação dessa lei seria um retrocesso, ao legitimar indiretamente essa prática. O parecer da deputada Lúcia Pacífico (PTB) acata as razões do governador e acrescenta que a cobrança de consumação fere o Código de Defesa do Consumidor. O parecer foi aprovado.

A Proposição de Lei 16.359 resulta de ex-PL 1.484/04, do ex-deputado Chico Simões (PT), que dispõe sobre o acondicionamento de mercadorias pelo fornecedor. A intenção do ex-deputado é gerar empregos obrigatórios de embalador nos supermercados. O relator, deputado Edson Rezende (PT), não acatou as razões do veto e deu parecer pela rejeição. O parecer foi aprovado.

A Proposição de Lei 16.363 é originária do PL 1.651/04, do deputado Padre João (PT), que buscava ampliar um benefício já contido na Lei 14.790/2003. Essa lei proíbe, em situação de urgência e emergência, a exigência de depósito prévio para internação em hospital da rede privada. A proposta de Padre João remove a expressão "em situação de urgência e emergência" e estende o benefício a qualquer caso de internação. Ao vetá-la, o governador argumentou que aumentaria os casos de inadimplência e o custo da saúde para os hospitais.

O relator desse veto, Edson Rezende (PT), contra-argumentou que as relações entre pacientes e hospitais já se encontram muito desequilibradas em favor dos hospitais. "Da mesma forma que o paciente não tem uma garantia do hospital de que não sofrerá seqüelas por atrasos ou negligência no atendimento, o hospital também não pode presumir previamente que o paciente não tenha condições de honrar seus compromissos", disse ele. O parecer pela rejeição ao veto total foi aprovado.

Presenças: Deputada Lúcia Pacífico (PTB), presidente; deputados Edson Rezende (PT) e José Henrique (PMDB).

 

 

 

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