Deputados realizam ato contra leis que permitem aborto

A primeira parte da reunião ordinária desta quinta-feira (10/3/05), presidida pelo deputado Ermano Batista (PSDB), fo...

10/03/2005 - 00:00
 

Deputados realizam ato contra leis que permitem aborto

A primeira parte da reunião ordinária desta quinta-feira (10/3/05), presidida pelo deputado Ermano Batista (PSDB), foi transformada em debate sobre as leis que atentam contra a vida dos embriões humanos, sendo uma delas aprovada recentemente pelo Congresso. A iniciativa foi do deputado Miguel Martini (PSB), que está lançando uma campanha para colher um milhão de assinaturas, na tentativa de barrar a tramitação de cerca de 37 projetos de lei que considera favoráveis ao aborto.

Dois deputados federais ligados ao Movimento Católico de Renovação Carismática, convidados por Martini, apresentaram razões para se contraporem a tais projetos. Salvador Zimbaldi (PMDB-SP), assegurou que houve interesses econômicos por trás da inclusão dos transgênicos e o uso de embriões para retirada de células-tronco na votação do projeto de biossegurança. "Agora a mulher não precisa mais comprovar estupro por meio de boletim de ocorrência policial para fazer aborto", disse o deputado, queixando-se de que o ato de legislar não é mais exclusivo do legislador. "O Supremo está legislando, ministros e os secretários de Estado patrocinam uma sucessão de ataques à vida", acrescentou.

Osmânio Pereira (PTB-MG), disse que está há 16 anos no Congresso lutando contra qualquer ameaça à vida e à dignidade humana. "Falsos cientistas dizem que não há vida nos embriões, mas a verdadeira ciência já ativou a vida em embriões congelados há nove anos". Segundo ele, um cientista brasileiro que trabalha nessa área, no Canadá, chegou ao Brasil no dia da votação e disse que as famílias dos paraplégicos estão iludidas quanto à eficácia das células-tronco para curar seus filhos.

Padre Wagner Ferreira, da Fundação João Paulo II, também condenou os atentados contra a vida, dizendo que "a dignidade da vida humana muitas vezes é negociada por causa dos interesses econômicos". O deputado Carlos Pimenta (PDT), em aparte, manifestou sua estranheza quanto à rapidez com que foi votada a lei de utilização dos embriões para a retirada de células-tronco. Segundo ele, também para os médicos a vida começa no momento da fecundação".

Após o debate, os participantes foram para o saguão da Assembléia, onde mais de cem pessoas assinaram as listas da Campanha "Diga sim à vida" e assistiram a uma missa do culto carismático celebrada pelo Padre Wagner Ferreira.

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 3290 7715