Belgo Juiz de Fora é homenageada por prêmio de
qualidade
A Belgo Juiz de Fora atingiu a produção de 1 milhão
de toneladas anuais de aço em 2004, empregando 1.100 pessoas e
batendo recordes de produtividade e de segurança no trabalho. Sua
meta para 2007 é dobrar essa produção, com a sustentabilidade dos
seus altos-fornos assegurada por florestas próprias de eucaliptos e
por um novo sistema de incremento florestal em associação com
fazendeiros da região. Seus cuidados com o meio ambiente e a
reciclagem de insumos do seu processo industrial são aprovados pela
principal entidade ambientalista do Estado, a Associação Mineira de
Defesa do Ambiente (AMDA).
Por essas razões, a Belgo Juiz de Fora recebeu o
Prêmio Nacional de Qualidade e uma homenagem do Poder Legislativo,
por iniciativa do deputado Luiz Fernando Faria (PP), na noite desta
segunda-feira (7/3/05). Faria ressaltou a "firme trajetória" da
Belgo desde que se instalou em Juiz de Fora, há dez anos,
tornando-se "apta a navegar com segurança pelas turbulências do
mercado" e seu bom relacionamento com a comunidade. O deputado disse
que "a busca da excelência é um aprendizado permanente para todos os
funcionários da empresa".
Por sua vez, o representante de Juiz de Fora,
deputado Biel Rocha (PT), preferiu destacar a renovação de métodos
gerenciais e o aperfeiçoamento dos trabalhadores como os principais
motivos que levaram a empresa a merecer o prêmio. "O muito que a
Belgo alcançou deve-se à liderança do diretor Cláudio Horta Mendes,
que veio de Nova Era e tornou-se juiz-forano por adoção", disse o
deputado, acrescentando que dezenas de projetos sociais
desenvolvidos em Juiz de Fora têm o apoio da Belgo.
O diretor da Belgo Juiz de Fora, Cláudio Horta
Mendes, disse que o mérito da excelência alcançada pela empresa se
deve à capacidade das pessoas de trabalharem em equipe, e que o
prêmio era decorrente de diversas certificações pioneiras que a
Belgo recebeu ao longo da modernização de suas linhas de produção e
de seus métodos gerenciais. "A conquista dos melhores índices de
produtividade e os recordes de segurança no trabalho aconteceram
assim, sem mágica, pela qualidade das pessoas e pelas contribuições
generosas que foram dando". Mendes anunciou a construção de dois
novos altos-fornos para produzir 360 mil toneladas de gusa e revelou
que a Belgo Juiz de Fora gerou, em impostos e encargos desde a sua
fundação, cerca de R$ 1,8 bilhão.
Por sua vez, Paulo Geraldo de Souza, diretor do
grupo Belgo Arcelor, que controla e repassa métodos gerenciais às
unidades de João Monlevade, Vitória e Juiz de Fora, informou que o
grupo produzia apenas 750 mil toneladas de aço no início da década
de 90, e que agora atingia 5 milhões de toneladas anuais. Anunciou a
compra da maior siderurgia de aços longos da Argentina, e atribuiu o
sucesso do grupo Belgo Arcelor à sua capacidade de absorver e
integrar diferentes culturas das empresas incorporadas.
O presidente da reunião especial, deputado Rêmolo
Aloise (PL), dividiu o Estado em duas partes: "Temos a Minas dos
minérios e a Minas agrícola. Eu pertenço à Minas agrícola:
cultivamos café, cereais, criamos gado. Vocês cultivam minério.
Somando ambas, temos o desenvolvimento do Estado", e encerrou a
solenidade parafraseando Carlos Drummond de Andrade: "Minas tem um
coração de ouro num peito de ferro. Eu acrescento que o corpo é de
aço".
A solenidade teve ainda apresentação do coral de
funcionários da Belgo Juiz de Fora e solo da soprano Simone Santos.
Foi exibido um vídeo empresarial e servido um coquetel no Salão
Nobre após o encerramento.
Presenças: Deputados
Rêmolo Aloise (presidente), Luiz Fernando Faria (orador), Biel Rocha
e Sebastião Helvécio (PDT); Paulo Geraldo de Souza, diretor do grupo
Belgo-Arcelor; Cláudio Horta Mendes, diretor da Belgo Juiz de Fora;
Vicente de Paula Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Juiz de
Fora e Carlos da Fonseca Soares, presidente da Câmara Municipal de
Santos Dumont.
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