Votada recondução para cargos de diretor-geral e secretário-geral

O Plenário da Assembléia de Minas aprovou, na manhã desta quinta-feira (17/2/05), projeto que permite a recondução do...

17/02/2005 - 01:00
 

Votada recondução para cargos de diretor-geral e secretário-geral

O Plenário da Assembléia de Minas aprovou, na manhã desta quinta-feira (17/2/05), projeto que permite a recondução dos ocupantes dos cargos de diretor-geral e de secretário-geral da Mesa por mais dois anos. Pela norma em vigor, do ano de 2001, o prazo era de dois anos, sendo permitida uma única recondução - período que foi encerrado no último dia 14. O Projeto de Resolução (PRE) 2.040/05, da Mesa, foi aprovado em 1º turno pelos deputados, depois de ser votado requerimento do deputado Antônio Andrade (PMDB) solicitando regime de urgência para a tramitação da matéria. Agora o PRE precisa receber parecer de 2º turno da Mesa, antes de ser submetido novamente à discussão e votação pelo Plenário.

O PRE 2.040/05, que altera a Resolução 5.198, de 2001, que modifica a estrutura administrativa da Secretaria, foi aprovado com a emenda nº 1. Segundo a Mesa, também autora da emenda, os cargos de diretor-geral e de secretário-geral são de estrita confiança. Portanto, a exoneração de seus ocupantes no início da 3ª sessão legislativa de uma determinada legislatura, como ocorreu em 2005, sem a possibilidade de recondução, poderia causar "certa descontinuidade nos processos administrativos normais da Assembléia". Outro argumento é que, com a reeleição da Mesa, é uma incoerência impedir a continuidade do exercício de cargos cujos ocupantes eventualmente tenham o respaldo de seus membros.

Emenda - A emenda nº 1 dá nova redação ao parágrafo 6º do artigo 2º da resolução, para evitar conflitos de interpretação quanto à forma de provimento do cargo de diretor-geral - que poderá ser de recrutamento amplo. A nova redação determina então que, na hipótese de recondução do primeiro diretor-geral nomeado a partir da publicação da futura resolução, poderá ser adotada a forma de provimento prevista no parágrafo 5º, que é a de recrutamento amplo.

Quando uma proposição tramita em regime de urgência, é dispensada a exigência de prévia publicação dos pareceres e se reduzem à metade os prazos regimentais.

Deputados discutem conteúdo da ata

No início da reunião extraordinária de Plenário, os deputados discutiram a ata da reunião ordinária da tarde anterior. O deputado Antônio Júlio (PMDB) solicitou que constasse da ata lida o detalhamento da questão de ordem formulada pelo líder do partido, deputado Adalclever Lopes. O líder solicitou à Presidência que designasse os membros que irão integrar a CPI cujo tema são as mineradoras. O 1º-vice-presidente, deputado Rêmolo Aloise (PL), que conduzia a reunião de quarta (16), respondeu que seriam concedidas mais 24 horas para que as lideranças fizessem as indicações. Caso contrário, a Presidência as fará.

Segundo o deputado Antônio Júlio, teria sido retirada da ata a referência à decisão da Presidência quanto à questão de ordem de Adalclever Lopes. De acordo com ele, a retirada teria sido determinada pelo presidente Mauri Torres. O deputado Antônio Júlio fez, ainda, críticas ao governador Aécio Neves, denunciando o que chamou de interferência do Palácio da Liberdade na questão relativa às mineradoras e à exploração da mina de Capão Xavier pela MBR.

O 1º-vice, deputado Rêmolo Aloise, que estava presidindo a reunião da manhã desta quinta, informou que a ata, na íntegra, será publicada nesta sexta (18) no "Diário do Legislativo" do "Minas Gerais". Em seguida, após interrupção da reunião, o 2º-secretário, deputado Luiz Fernando Faria (PP), leu o trecho detalhado referente à questão de ordem de Adalclever Lopes. Já o líder da Maioria, deputado Miguel Martini (PSB), ressaltou que é favorável a qualquer CPI, desde que seja fundamentada, esclarecendo ainda que o governo não tem nada a esconder. Martini também solicitou que a Presidência estabeleça ordem no Plenário e que os parlamentares tenham respeito e coerência.

O deputado Leonardo Quintão (PMDB), por sua vez, cobrou a instalação da CPI das mineradoras, afirmando que o licenciamento da mina de Capão Xavier está sendo questionado. Segundo ele, a comunidade de Nova Lima está sendo afetada pela atividade, que poderá comprometer o abastecimento de água para mais de 500 mil pessoas em Belo Horizonte.

 

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