Parlamentares do Mercosul votam pauta de 40 recomendações

Durante toda esta quinta-feira (16/12/04), doze políticos dos quatro países que compõem a Comissão Parlamentar Conjun...

16/12/2004 - 01:00
 

Parlamentares do Mercosul votam pauta de 40 recomendações

Durante toda esta quinta-feira (16/12/04), doze políticos dos quatro países que compõem a Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul estiveram reunidos na Assembléia para votar uma pauta de cerca de 40 recomendações propostas por seus membros. Quatro deputados mexicanos e dois chilenos acompanharam a reunião, como observadores. A presidência pro-tempore da Comissão, até esta data, foi do deputado brasileiro Dr. Rosinha (PT-PR), e passa a partir desta sexta-feira (17) para o senador paraguaio Alfonso Gonzáles Nuñes.

Das 40 recomendações, cerca de 15 que não obtiveram consenso foram adiadas para a próxima reunião, marcada para março de 2005, em Assunção, Paraguai. Os assuntos mais variados foram discutidos pelo enfoque político, desde as restrições a caminhoneiros de um país trafegando em outro, até a ocupação da Antártida, a proteção ao aqüifero Guarani, as tarifas aeroportuárias, a produção de grãos, o mercado de calçados e as cadeias produtivas.

No entanto, o principal ganho da reunião, segundo Dr. Rosinha, foi dar andamento à criação do Parlamento do Mercosul, estabelecendo várias rodadas de discussões para 2005 e a implantação antes de dezembro de 2006. Uma das recomendações aprovadas foi um reforço orçamentário de US$ 10 mil por país para enfrentar as despesas de informatização e das reuniões de 2005. Atualmente, cada país contribui com US$ 20 mil para manter a Comissão Parlamentar Conjunta em funcionamento.

Logotipo do Mercosul e animal-símbolo

Embora produtiva, a reunião produziu atritos. Um deles aconteceu entre a bancada argentina e a uruguaia, quando a deputada argentina Alicia Castro propôs a criação de um logotipo que reafirmasse a integração dos países da América Latina, e sua recomendação foi vetada pela bancada cisplatina. Castro fez um discurso inflamado em defesa da soberania dos países latino-americanos contra a pressão imperialista norte-americana, mas Roberto Conde, do Uruguai, ponderou que não era o momento de arrecefer o Mercosul e favor de uma posição mais abrangente. "Se a integração do Mercosul não acontecer primeiro, não acontecerá integração alguma. Não discordamos do objetivo, mas de caminho", disse Conde.

Dr. Rosinha conteve os ânimos com habilidade, dando razão aos dois lados, adiou a votação da recomendação, e passou a palavra ao deputado catarinense Júlio Redecker (PSDB), que conduziu a discussão para algo mais inócuo e festivo: a adoção do cavalo crioulo como animal-símbolo do Mercosul.

Presenças: Brasil - Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), deputados Dr. Rosinha (PT-PR), Júlio Redecker (PSDB-SC) e Oliveira Filho. Argentina - Deputada Alicia Castro e deputados Alfredo Atanasof e Leopoldo Moreau; Uruguai - Deputados Iván Posada e Roberto Conde; Paraguai - Senadores Alfonso Gonzáles Nuñes, Adriana Franca Fernández e Oscar Denis; Chile - Deputados Edmundo Salas e Francisco Bayo; México - Deputados Rogelio Alejandro Flores Mejía, Isidoro Ruiz Argáiz, Carlos Jimenez Macias e Antonio Aguilar.

 

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