Plenário aprova 14 projetos em Reunião Extraordinária

O Plenário da Assembléia Legislativa aprovou 14 projetos na Reunião Extraordinária de Plenário da noite desta quarta-...

15/12/2004 - 01:00
 

Plenário aprova 14 projetos em Reunião Extraordinária

O Plenário da Assembléia Legislativa aprovou 14 projetos na Reunião Extraordinária de Plenário da noite desta quarta-feira (15/12/04). O mais polêmico foi o Projeto de Lei (PL) 233/04, do deputado Leonardo Quintão (PMDB), que estabelece normas para a realização da transação de crédito tributário estadual. O projeto foi aprovado em 1o turno na forma do substitutivo no 1, apresentado pelo próprio autor, e com a emenda no 1. De autoria conjunta da bancada do PMDB e do deputado Weliton Prado (PT), essa emenda extingue a cobrança da taxa de incêndio em imóveis residenciais.

Pelo substitutivo aprovado, o projeto propõe o fim da exigência de multa e juros de mora no pagamento atrasado da taxa de expediente relativa à fiscalização e renovação de cadastro de empreendedores autônomos. Também propõe que as empresas inscritas no Simples Minas sejam beneficiadas com isenção de impostos quando receberem recursos do Fundo de Fomento e Desenvolvimento Socioeconômico de Minas Gerais (Fundese).

A aprovação da emenda que acaba com a taxa de incêndio suscitou mais um acalorado debate no Plenário. Os deputados Weliton Prado, Rogério Correia, Chico Simões, Laudelino Augusto e Maria Tereza Lara, todos do PT, criticaram a taxa de incêndio, que continua a ser cobrada de imóveis comerciais e industriais. O autor da emenda no 1, deputado Weliton Prado, anunciou que vai continuar lutando pelo fim da taxa de incêndio para pessoas jurídicas.

A deputada Lúcia Pacífico (PTB) lembrou que a suspensão da taxa de incêndio foi uma reivindicação do Movimento das Donas de Casa atendida pelo governador Aécio Neves. Ao final da reunião, o deputado Paulo Piau (PP) disse que a taxa de incêndio tem uma intenção louvável, que é o aparelhamento do corpo de bombeiros.

Outros projetos aprovados:

PL 1.686/04, do governador, que dispõe sobre o exercício da autoridade sanitária nas atividades de vigilância sanitária e epidemiológica, auditoria do SUS e regulação de assistência à saúde, e cria funções gratificadas. O projeto foi aprovado em 1o turno na forma do substitutivo no 1, da Comissão de Administração Pública, que faz correções técnicas no texto e busca compatibilizar a futura lei com o Código de Saúde, de forma a garantir o adequado funcionamento dos serviços de vigilância à saúde. O deputado Rogério Correia criticou a ausência de concurso público para a contratação de pessoal responsável pela vigilância sanitária.

O presidente Mauri Torres (PSDB) determinou que o projeto deixe de tramitar em regime de urgência.

PL 1743/04, do governador, que dispõe sobre o Fundo de Assistência ao Turismo (Fastur). O objetivo é prorrogar os financiamentos do fundo por mais dez anos, para viabilizar financiamentos a projetos turísticos nas cidades que integram o circuito da Estrada Real. O projeto foi aprovado em 1o turno com a emenda no 1, da CCJ, para permitir que entidades de direito público também possam se beneficiar dos recursos do Fastur, o que estava proibido no texto original. O projeto propõe também que o órgão gestor do fundo passe a ser a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).

PL 1.814/04, do governador, que cria o Núcleo de Estudos de Direito Público na Escola de Governo da Fundação João Pinheiro. O projeto também cria um cargo de recrutamento amplo de coordenador executivo do núcleo, que tem como objetivo promover estudos, cursos e eventos e editar publicações na área de direito público. Ele foi aprovado em 1o turno na forma do substitutivo no 1, que cria cinco cargos para a Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, nove cargos de diretor de projeto, sete cargos de assessor chefe, dois de assessor jurídico e um cargo de assessor jurídico-chefe, além de dez funções gratificadas de coordenador de atividade central e outras 20 de gerente de área para a Secretaria de Estado de Governo.

O texto também altera a forma de recrutamento do cargo de superintendente de investimentos do Ipsemg e extingue dois cargos de assessor II. O Plenário também aprovou a emenda no 1 ao projeto, que cria o cargo de vice-presidente da Copasa. A emenda foi aprovada com o voto contrário dos deputados do Bloco PT/PCdoB. "Esse projeto não tem nada a ver com a Copasa, e é depositário de outros frankensteins", criticou o deputado Rogério Correia.

PL 410/03, do deputado Miguel Martini (PSB), que determina o desenvolvimento da educação ambiental como prática integrada e permanente nas escolas da rede pública estadual, embora ela não deva ser implantada como uma disciplina específica no currículo das escolas. O projeto foi aprovado em 2o turno com quatro emendas. A primeira, apresentada pela Comissão de Educação, estabelece que a participação da comunidade local na inserção do tema "meio ambiente" no currículo se dará por meio de um trabalho de campo para assessorar a escola no desenvolvimento das atividades de educação ambiental.

As outras três emendas, de autoria do deputado Miguel Martini, foram aprovadas sem parecer por causa de um acordo entre as lideranças. A de número 3 retira do texto o prazo de cinco anos para que os professores recebam formação complementar em educação ambiental. A de número 4 estabelece que caberá à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável identificar temas prioritários de educação ambiental e submetê-los à analise da Secretaria de Estado da Educação, que orientará o desenvolvimento dos temas nas escolas. E a número 5 retira do texto a exigência da inclusão de conteúdos voltados para a educação ambiental nos currículos dos cursos de formação de professores.

Com a aprovação da emenda 5, ficou prejudicada a emenda 2, da Comissão de Educação, que alterava a redação de dispositivo sobre a formação de professores, para adequar o projeto à Política Nacional de Educação Ambiental.

PL 605/03, do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), que amplia o universo de pessoas que poderão ser beneficiadas com a Lei de Proteção, Auxílio e Assistência a Vítimas de Violência e cria o Programa Especial de Proteção e Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas. O objetivo é permitir que o cônjuge ou companheiro, ascendentes, descendentes e dependentes da vítima de violência ou testemunha ameaçada também possam ser beneficiados pela lei. O projeto foi aprovado em 2o turno sem alterações.

PL 1.033/03, do deputado Sebastião Navarro Vieira (PFL), que autoriza doação de imóvel do Poder Executivo ao município de Areado. O imóvel destina-se à instalação da Câmara dos Vereadores e do Sistema Integrado de Assistência Tributária e Fiscal na cidade. O projeto foi aprovado em 2o turno sem novas alterações.

PL 1.263/03, do deputado Zé Maia (PSDB), que autoriza doação de imóvel do Estado ao município de Comendador Gomes. O terreno destina-se à instalação da Câmara Municipal, da Junta do Serviço Militar e da Secretaria Municipal de Ensino. O projeto também foi aprovado sem alterações em 2o turno.

PL 1.484/04, do deputado Chico Simões, que obriga os fornecedores a acondicionar em embalagem para transporte os produtos adquiridos pelos consumidores na rede de distribuição. Quem descumprir a futura lei fica sujeito às penalidades previstas no Código de Defesa do Consumidor. O projeto foi aprovado em 2o turno sem alterações.

PL 1.509/04, do deputado Rogério Correia, que atribui competências à Subsecretaria de Estado de Direitos Humanos, disponibiliza para o Memorial de Direitos Humanos informações de arquivos e exclui da Lei 13.448, de 2000, a menção à instalação do memorial no prédio do extinto Departamento de Ordem Política e Social (Dops). O deputado Leonardo Moreira (PL) apresentou um requerimento pedindo o adiamento da votação do projeto, mas ele foi rejeitado. Ele também propôs uma emenda que foi rejeitada. Essa emenda tinha como objetivo retirar da Lei 13.448 dois dispositivos: um que declara como patrimônio do memorial toda a documentação do Dops transferida para o Arquivo Público Mineiro e outro que declara esse acervo patrimônio histórico estadual.

PL 1.530/04, do deputado George Hilton (PL), que estabelece diretrizes com objetivo de informar a população, capacitar os profissionais e incentivar a doação do cordão umbilical de recém-nascidos ao Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário para finalidades medicinais. O projeto foi aprovado em 2o turno sem alterações.

PL 1.573/04, do deputado Célio Moreira (PL), que dispõe sobre a restrição à entrada de consumidores em estabelecimentos comerciais. Seu objetivo é evitar situações que possam trazer constrangimento em decorrência da realização de vistoria ou da necessidade de exibição de pertences pessoais, sobretudo nos casos de estabelecimentos bancários ou financeiros que possuem portas giratórias com detectores de metais.

Na forma como foi aprovado em 1º turno, o projeto dá ênfase à instalação de guarda-volumes nas dependências dos estabelecimentos, para atender o consumidor que não quiser apresentar os pertences pessoais que levam ao acionamento do dispositivo de detecção de metal. Assim, ele poderá, sem qualquer constrangimento, deixá-los no guarda-volumes, que deverá estar disponível ao público sem qualquer ônus. O projeto foi aprovado em 2o turno sem novas alterações.

PL 1.651/04, do deputado Padre João (PT), que estende a vedação de depósito prévio a todos os atendimentos e internações de pacientes em hospitais da rede privada do Estado. A proposição altera a Lei 14.790, de 2003, que vedava o pagamento prévio somente aos atendimentos de urgência e emergência. O projeto foi aprovado na forma do vencido em 1o turno.

PL 1.863/04, do governador, que autoriza a Fundação Caio Martins (Fucam) a permutar com Antônio Vieira do Nascimento o imóvel de 234.639,07 m2, no município de São Francisco. O projeto foi aprovado em 2o turno sem alterações.

 

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