Votação de parecer sobre o orçamento ficou para terça-feira (14)

Ficou para esta terça-feira (14/12/04), às 10 horas, a votação do parecer sobre o Projeto de Lei 1.892/04, do governa...

13/12/2004 - 01:01
 

Votação de parecer sobre o orçamento ficou para terça-feira (14)

Ficou para esta terça-feira (14/12/04), às 10 horas, a votação do parecer sobre o Projeto de Lei 1.892/04, do governador, que contém o Orçamento do Estado para 2005. Na reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária ampliada da Assembléia Legislativa realizada nesta segunda-feira (13), o relator, deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB), distribuiu cópias de seu parecer. "Devido à complexidade da matéria e ao tamanho do parecer, solicito a distribuição de avulsos para que os deputados possam analisá-lo", justificou. Com a distribuição de avulsos, nenhum deputado vai poder solicitar vista do parecer na próxima reunião.

Entre os pontos principais do parecer o relator destaca a tentativa de enquadrar os gastos com pessoal do Poder Judiciário, Tribunal de Contas e Ministério Público dentro dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Para isso ele apresentou uma emenda que exige a apresentação de relatório trimestral da execução orçamentária com pessoal desses órgãos.

Outra exigência incluída no parecer é a possibilidade de abertura de créditos suplementares para o Tribunal de Contas, Ministério Público e Judiciário somente após autorização da Assembléia, com base na análise dos relatórios trimestrais. "Pela primeira vez teremos um parâmetro concreto para analisar as propostas de suplementação orçamentária. A situação irregular do Judiciário e do MP pode impedir o Estado de receber transferências federais e contrair novos empréstimos internacionais com o aval da União", completou.

O relator também apresentou no parecer a recomendação para que esses órgãos apliquem o subteto salarial, já implantado pelo Poder Executivo e pela Assembléia. Todas essas alterações foram incluídas no parecer por meio de emendas do relator, acertadas em acordo do Colégio de Líderes.

Só Executivo e Assembléia cumprem a LRF

A proposta de orçamento para 2005 prevê receitas e despesas no valor de R$ 23,9 bilhões. Os gastos com pessoal do Executivo estão estimados em R$ 7,9 bilhões, o que representa 44,08% da Receita Corrente Líquida do Estado (RCL), abaixo do limite de 49% estabelecido pela LRF. No caso da Assembléia, os gastos com pessoal devem somar R$ 323,8 milhões, o que representa 1,8% da RCL (também abaixo do limite, que é de 2,23%).

Já o Tribunal de Contas vai gastar com pessoal R$ 163,3 milhões (0,91% da RCL, acima do limite de 0,73%). O Ministério Público prevê gastos de R$ 426,3 milhões (que representam 2,38% da RCL, contra o limite de 2%). Já o Tribunal de Justiça deve gastar R$ 1,1 bilhão com pessoal (6,46% da RCL, acima do limite de 5,41%). Os gastos com pessoal do Tribunal de Justiça Militar estão orçados em R$ 18,6 milhões, que representam 0,10% da RCL (o limite é de 0,09%). E o Tribunal de Alçada prevê gastos com pessoal de R$ 98 milhões (0,55% da RCL, contra o limite de 0,50%).

Emendas de parlamentares no valor de R$ 600 mil

As emendas apresentadas por parlamentares ao Orçamento 2005 somam 1.220, e o teto estabelecido para cada deputado é de R$ 600 mil. O parecer de Antônio Carlos Andrada opina pela aprovação de 389 emendas de parlamentares e outras 15 emendas e 60 subemendas apresentadas por ele próprio. Destas, 27 subemendas e 9 emendas têm o objetivo de adequar a proposta orçamentária à revisão do Plano Plurianual de Ação Governamental, feita com base em propostas da sociedade discutidas na Assembléia. Receberam parecer pela rejeição 756 emendas e outras 65 emendas ficaram prejudicadas. Outras seis emendas foram retiradas pelos seus autores. A emenda 1.215, apresentada pelo governador, na verdade um substitutivo que formalizou o fim do déficit financeiro do Estado, também recebeu parecer pela aprovação.

Presenças - Deputados Ermano Batista (PSDB), presidente; Antônio Carlos Andrada (PSDB), relator; Doutor Viana (PFL), Sebastião Helvécio (PDT), Ivair Nogueira (PMDB) e Leonardo Moreira (PL).

 

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