Comissão constata irregularidades em shopping popular de
BH
Condições precárias de trabalho, existência de
arbitrariedades na administração e até ameaças de morte. Essas foram
algumas constatações da Comissão de Direitos Humanos após visita ao
shopping popular Tupinambás, em Belo Horizonte, nesta terça-feira
(7/12/04). Os deputados Durval Ângelo (PT), presidente, e Roberto
Ramos (PL), vice, ouviram diversas queixas dos ex-camelôs
transferidos para o shopping. "Isso é um barril de pólvora prestes a
explodir", afirmou Durval, referindo-se à revolta dos comerciantes,
que se dizem incapazes de pagar o aluguel de R$ 230 por um box e
denunciam várias irregularidades.
No shopping há boxes no segundo andar que sequer
têm telhado. Os comerciantes colocaram lonas para proteger as
mercadorias. Não há bebedouros. José de Acipreste disse que foi
obrigado a vender seu espaço por R$ 2 mil após receber ameaças de
morte. Outros se queixam da truculência da administração, que lacra
os boxes quando o vendedor está inadimplente.
"A prefeitura de Belo Horizonte tem
responsabilidade nisso, porque esse shopping é uma concessão pública
e precisa ser melhor regulamentado", disse Durval. A Comissão de
Direitos Humanos já solicitou audiência com a Prefeitura para
discutir o assunto, mas até agora não obteve resposta.
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