Dois planos de carreira do funcionalismo estadual passam pela FFO

Dois projetos de planos de carreira do funcionalismo público estadual passaram pela Comissão de Fiscalização Financei...

01/12/2004 - 01:01
 

Dois planos de carreira do funcionalismo estadual passam pela FFO

Dois projetos de planos de carreira do funcionalismo público estadual passaram pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa nesta quarta-feira (1o/12/04). O Projeto de Lei (PL) 1.341/03, que estrutura as carreiras do Quadro de Pessoal de Atividades de Cultura, e o PL 1.342/03, que trata das carreiras do Quadro de Pessoal do Grupo de Atividades de Desenvolvimento Econômico Social e da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento receberam pareceres favoráveis e agora seguem para votação em 1o turno no Plenário.

O PL 1.341/03 beneficia servidores da Secretaria de Estado de Cultura, Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), Fundação Clóvis Salgado, Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) e Rede Minas. Para o relator do projeto, deputado José Henrique (PMDB), o projeto traz inovações que beneficiam os trabalhadores e a administração pública, citando como exemplos a extinção de cargos, as atribuições mais genéricas e amplas para os servidores e a incorporação de abonos e parcelas remuneratórias aos salários.

José Henrique também lembra que, por enquanto, o projeto não representa impacto sobre os cofres públicos, já que as tabelas de vencimento serão estabelecidas em lei que terá que ser aprovada pela Assembléia, devidamente acompanhadas da estimativa de repercussão financeira. Ele opina pela aprovação na forma do substitutivo no 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que faz alterações de modo a adequar o texto aos demais planos de carreira em tramitação na Assembléia.

Já o PL 1.342/03, também relatado pelo deputado José Henrique, beneficia os servidores da secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico, de Turismo, de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de Desenvolvimento Regional e Política Urbana e de Desenvolvimento Social e Esportes, além da Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas. Também são beneficiados pelo projeto os servidores da Utramig, Coordenadoria de Apoio à Pessoa Deficiente, Administração dos Estádios de Minas Gerais (Ademg), Loteria Mineira, Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas (Idene), Junta Comercial (Jucemg) e Departamento Estadual de Telecomunicações (Detel).

O relator lembra que o projeto transforma as atuais 138 classes de cargos do pessoal da área de desenvolvimento econômico e agropecuária em 26 carreiras, e que as promoções e progressões ficam condicionadas a avaliações de desempenho satisfatórias. Ele também ressalta que a proposição prevê a extinção de 2.381 cargos e a criação de outros 793, o que possibilitará uma economia de R$ 562 mil, segundo estimativa do próprio governo. Por isso, opina pela aprovação do projeto na forma do substitutivo no 1, da CCJ, e com a emenda no 1, da Comissão de Administração Pública. O substitutivo exclui do texto referências ao Grupo de Atividades de Agricultura e Pecuária, já contemplado na Lei 15.303, aprovada neste ano. Já a emenda no 1 garante aos servidores a incorporação de abono e parcela remuneratória adquiridos por leis sancionadas em 1997 e 2000.

Outras carreiras - Os demais projetos de planos de carreira que estavam na pauta não foram votados. Os PLs 1.333/04, do Grupo de Atividades de Gestão, Planejamento, Tesouraria, Auditoria e Político-Institucionais; 1.339/03, do pessoal do ensino superior; e 1.346/03, que trata das carreiras de auditor da Receita Estadual e especialista em tributação e arrecadação da Secretaria de Estado da Fazenda, não foram votados porque o relator, deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB), pediu prazo para elaborar seu parecer. O PL 1.337/03, que institui a carreira do pessoal da saúde, também teve votação adiada porque o relator, deputado Sebastião Helvécio (PDT), pediu prazo para dar seu parecer.

Já o PL 1.338/03, que trata das carreiras do pessoal do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) e do Instituto de Previdência dos Servidores Militares (IPSM); e o PL 1.340/03, que estrutura as carreiras de auxiliar, técnico, gestor e pesquisador em atividades de ciência e tecnologia, foram retirados de pauta pelo presidente da comissão, deputado Ermano Batista (PSDB).

Bônus para policiais - Também teve pedido de prazo por parte do relator o PL 1.551/04, do deputado George Hilton (PL), que dispõe sobre o sistema de bônus e pontuação por merecimento para policiais civis e militares que apreenderem armas. O relator do projeto é o deputado Antônio Carlos Andrada.

Outros pareceres aprovados - Também recebeu parecer pela aprovação o PL 1.833/04, do governador, que cria a Colônia Penal Irmãos Naves, em Araguari. O relator, deputado Antônio Carlos Andrada, considera que a criação da colônia não vai representar impacto financeiro para o Estado, já que a proposta de orçamento para 2005 já destina R$ 61,78 milhões para a construção de penitenciárias. O parecer é pela aprovação do projeto em sua forma original.

Outros três projetos de doação e reversão de imóveis receberam pareceres pela aprovação em 2o turno sem novas alterações (na forma do vencido em 1o turno). São eles os PLs 1.656/04, do governador, que autoriza doação de imóvel da Fundação Rural Mineira (Ruralminas) localizado em Januária (relator: deputado José Henrique); 1.597/04, do deputado Fábio Avelar (PTB), que autoriza reversão de imóvel do Estado ao município de Felisburgo (relator: deputado Antônio Carlos Andrada); e 1.613/04, do governador, que autoriza doação de imóvel do Estado ao município de Central de Minas (relator: deputado José Henrique).

Proposições com pedidos de vista

Três projetos tiveram votação adiada por causa de pedidos de vista. O PL 1.898/04, do governador Aécio Neves, autoriza o Poder Executivo a realizar operação de crédito com a Caixa Econômica Federal até o limite de R$ 20 milhões. Segundo a mensagem do governador que encaminhou o projeto à Assembléia, os recursos dessa operação serão destinados ao Projeto Estadual de Modernização da Gestão e do Planejamento, que por sua vez integra um plano nacional de modernização da administração pública financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O relator, deputado José Henrique, apresentou um substitutivo, mas o deputado Chico Simões (PT) pediu vista do projeto.

Chico Simões também pediu vista do PL 1.686/04, do Executivo, que dispõe sobre o exercício da autoridade sanitária nas atividades de vigilância sanitária e epidemiológica, auditoria do Sistema Único de Saúde e regulação de assistência à saúde. O objetivo é assegurar a designação de servidores para fortalecer os quadros da auditoria assistencial da Secretaria de Estado de Saúde e garantir o aprimoramento na execução da atividade de vigilância sanitária. Para isso, seriam criadas funções gratificadas no valor de R$ 3,3 mil para o pagamento dos 164 servidores a serem designados como autoridade sanitária.

O relator, deputado Antônio Carlos Andrada, opinou pela aprovação na forma do substitutivo no 1, da Comissão de Administração Pública, que faz alterações de modo a adequar o texto ao Código de Saúde e ao plano de carreira do pessoal da saúde, em tramitação na Assembléia.

Licença para frigoríficos - O PL 896/03, do deputado Adalclever Lopes (PMDB), está na FFO para receber parecer sobre emendas apresentadas em Plenário. O projeto estabelece condições para a instalação e funcionamento de frigoríficos, abatedouros e charqueadas no Estado. As comissões de Constituição e Justiça, de Meio Ambiente e Recursos Naturais e de Defesa do Consumidor e do Contribuinte perderam prazo para emitirem parecer.

Durante a discussão em 1o turno no Plenário, o projeto recebeu três emendas apresentadas pelo próprio autor. A de número 1 estabelece multa de 10 mil UPFMGs por dia para os estabelecimentos que descumprirem a nova lei. A de número 2 estabelece que os empreendimentos localizados em áreas urbanas que já tenham licença de funcionamento terão prazo de dois anos para se adaptarem às exigências da lei. E a emenda nº 3 determina o fim da concessão de novas licenças de funcionamento para frigoríficos em áreas urbanas e estabelece prazo de dois anos para os estabelecimentos já instalados nas cidades se mudarem para a zona rural. O relator das emendas, deputado Sebastião Helvécio, opinou pela rejeição das três, mas o parecer não foi votado por causa de um pedido de vista do deputado José Henrique.

Proibição de bebida alcóolica - Já o PL 1.564/04, da deputada Ana Maria Resende (PSDB), que proíbe a venda de bebida alcóolica em postos de gasolina localizados nas áreas urbanas do Estado, teve votação adiada porque o relator, deputado Antônio Carlos Andrada, quer mais informações sobre a experiência da proibição da venda de bebida nas estradas estaduais. Ele vai solicitar essas informações ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG) e à Polícia Rodoviária Estadual.

Projetos retirados de pauta

Outros oito projetos deixaram de ser votados porque o presidente da comissão determinou a sua retirada da pauta da reunião: Projeto de Lei Complementar 54/04, do governador, que dispõe sobre a estrutura da Advocacia-Geral do Estado; PL 1.884/04, do deputado Mauri Torres (PSDB), que institui o Adicional por Titulação Acadêmica; e outros seis projetos que tratam de doação e reversão de imóveis.

Requerimentos - Foram aprovados ainda três requerimentos durante a reunião:

* da Comissão Especial da Silvicultura, que solicita à Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) e ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) a redução da taxa florestal incidente sobre madeira reflorestada;

* da Comissão Especial da Fruticultura, que pede à SEF a concessão às indústrias de doces de frutas dos mesmos benefícios fiscais concedidos às indústrias de sucos e polpa de frutas;

* do deputado Antônio Júlio (PMDB), que solicita ao Poder Executivo dados sobre o perfil da dívida do Estado, como as taxas de juros e de correção monetária que vêm sendo pagas.

Presenças - Deputados Ermano Batista (PSDB), presidente; Jayro Lessa (PL), vice; Antônio Carlos Andrada (PSDB), Chico Simões (PT), Doutor Viana (PFL), José Henrique (PMDB) e Sebastião Helvécio (PDT).

 

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