Situação dos bataticultores do Sul de Minas vai ser
debatida
A situação dos plantadores de batata no Sul de
Minas vai ser discutida pela Comissão de Política Agropecuária e
Agroindustrial, na próxima terça-feira (30/11/04), às 15 horas, no
Plenarinho IV da Assembléia. Foram convidados para a audiência
pública, requerido pelo deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB): o
secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
deputado federal Silas Brasileiro; o secretário da Associação dos
Bataticultores do Sul de Minas (Abasmig), José Daniel Rodrigues
Ribeiro; os presidente da Emater-MG e da Epamig, José Silva Soares e
Baldonedo Arthur Napoleão, respectivamente; o delegado federal de
Agricultura em Minas Gerais, João Vicente Diniz; e o superintendente
do Banco do Brasil no Estado, Luiz Carlos Felipe.
Minas Gerais ocupa atualmente o primeiro lugar em
bataticultura no País e o Sul do Estado é pioneiro nesta cultura,
respondendo por 70% da produção estadual, o que representa quase 30%
da batata produzida no Brasil. Em 2002, foram plantados cerca de 39
mil hectares, obtendo-se uma produção de aproximadamente 941 mil
toneladas e produtividade de mais de 24.000 kg/ha, 30% superior à
média nacional. A batata colhida no Sul de Minas durante o ano todo
- de janeiro a dezembro - vai para os principais centros
consumidores, Rio, São Paulo e Belo Horizonte.
Dificuldades - Apesar dos
bons números, bataticultores têm reclamado das dificuldades
financeiras enfrentadas. Em maio deste ano, por exemplo,
representantes do setor no Sul de Minas participaram de outra
reunião da Comissão de Administração Pública da Assembléia. Na
ocasião, reclamaram das altas taxas e grandes exigências feitas por
bancos e cartórios nos financiamentos rurais. Um representante da
Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Sul de Minas
relatou abusos nas cobranças de emolumentos sobre os financiamentos
para plantio de batatas, inviabilizando a atividade de muitos
agricultores. Na reunião, produtores afirmaram que bancos, em busca
de dupla garantia, penhoram a colheita e ainda exigem hipoteca da
fazenda.
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