Comissão insiste em saber destino do Fundo de Segurança Pública

Como os convidados faltaram à reunião da Comissão de Segurança Pública no dia 16 de novembro, o deputado Rogério Corr...

26/11/2004 - 01:01
 

Comissão insiste em saber destino do Fundo de Segurança Pública

Como os convidados faltaram à reunião da Comissão de Segurança Pública no dia 16 de novembro, o deputado Rogério Correia (PT) solicitou por requerimento nova audiência para a próxima terça-feira (30/11/04), às 10 horas, no Plenarinho III da Assembléia. O objetivo é obter esclarecimentos sobre a aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública que o governo federal repassou ao Estado, nos últimos anos, para a construção de seis penitenciárias regionais e de uma colônia penal. Foram firmados convênios para novas unidades nos municípios de Uberaba (convênio 016/2002), Muriaé (convênio 030/2002), Formiga (031/2002), Santa Luzia (036/2002), Três Corações (038/2002) e Patrocínio (038/2002), e de uma colônia penal em Vespasiano (028/2002).

Todos os cinco convidados à reunião do dia 16 de novembro se ausentaram, o que, na ocasião, foi motivo de críticas dos deputados da comissão, que consideraram a atitude um desrespeito com o Poder Legislativo. Foram convidados naquela data e para a próxima audiência o secretário de Estado de Defesa Social, desembargador Lúcio Urbano da Silva Martins; o subsecretário de Administração Penitenciária, Agílio Monteiro Filho; o diretor-geral do Departamento Estadual de Obras Públicas (Deop), Reinaldo Alves Costa Neto; e os representantes do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, Cleyton Alfredo Nunes; e do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de Minas Gerais, Marcos Aurélio de Paula Terrinha.

Relatório - No dia 16, Rogério Correia apresentou um relatório do Ministério da Justiça, de julho deste ano, mostrando que o governo federal enviou quase o total dos recursos dos sete convênios, mas as obras só foram parcialmente executadas. Na colônia penal de Vespasiano, que terá capacidade para 143 detentos, apenas 14% das obras foram realizadas; na penitenciária regional de Muriaé, 9,6%; em Formiga, 31,1%; em Santa Luzia, 36%; em Três Corações, 28%; e em Patrocínio, 32%. Para o deputado, o governo estadual é incoerente ao cobrar mais recursos da União para a segurança, uma vez que não deu sua contrapartida nos convênios nem executou as obras, encontrando-se inadimplente no Tesouro Nacional.

Nessa mesma reunião, o presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PDT), condenou o desvio de recursos que deveriam ser destinados à área de segurança pública para o caixa único do Estado. Ele indicou como uma possível solução para esse problema a vinculação de recursos, e cobrou maior alocação de recursos orçamentários para o setor. Rodrigues disse ainda que iria agendar visita da comissão às obras dos sete convênios, para que os parlamentares possam verificar, in loco, o estágio em que se encontram as construções das penitenciárias.

 

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