| Direitos Humanos realiza três audiências públicas nesta quarta 
            (24) A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia 
            Legislativa de Minas Gerais promove, na próxima quarta-feira 
            (24/11/04), três reuniões com convidados para debater os seguintes 
            assuntos: a importância dos Fundos Estaduais e Municipais da 
            Infância e da Adolescência; a utilização do sistema closed 
            caption pelas emissoras de TV mineiras; e o crime de tortura no 
            Brasil. O dia da comissão começa com uma reunião às 9 
            horas, no Auditório, quando deputados e convidados discutem, a 
            requerimento do deputado Biel Rocha (PT), a importância dos Fundos 
            Estaduais e Municipais da Infância e da Adolescência e os 
            procedimentos para a captação dos recursos que os compõem. Foram 
            convidados o subsecretário de Estado de Direitos Humanos da 
            Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Esportes (Sedese), 
            João Batista de Oliveira; a secretária-executiva do Conselho 
            Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maria Salete 
            Gimenez; o coordenador da Promotoria de Justiça da Infância e da 
            Juventude de Belo Horizonte, Celso Penna Fernandes Júnior; e o 
            diretor-executivo do Instituto Telemig Celular, Francisco de Assis 
            Oliveira Azevedo. Closed caption - À tarde, às 14h30, no 
            Auditório, a Comissão de Direitos Humanos realiza audiência púbica 
            para debater a utilização do sistema closed caption pelas emissoras de TV 
            mineiras, atendendo requerimento dos deputados Durval Ângelo (PT), 
            Roberto Ramos (PL) e Biel Rocha (PT). Essa reunião estava marcada 
            para a semana passada, mas foi cancelada por falta de energia 
            elétrica na Assembléia. O sistema closed caption, que insere 
            legendas simultâneas na televisão, permite que pessoas portadoras de 
            deficiência auditiva possam acompanhar a programação de TV como 
            qualquer outro telespectador. Esse assunto foi discutido pela 
            comissão no dia 15 de setembro deste ano. Na ocasião, as 
            representantes do governo do Estado e de entidades de defesa de 
            surdos-mudos e idosos cobraram a adoção em larga escala do 
            sistema. Atualmente, segundo a Federação Nacional de 
            Educação e Integração dos Surdos (Feneis), apenas as TVs Globo, 
            Record, Câmara, SBT, TVE e TV Assembléia de São Paulo disponibilizam 
            legendas em closed caption em parte de suas programações. Em 
            âmbito regional, a TV Minas é uma das poucas emissoras que tem um 
            programa voltado para o público com deficiência auditiva: o Jornal 
            Visual, que é apresentado em Libras (linguagem brasileira de 
            sinais). Na reunião do dia 15 de setembro, a Comissão de 
            Direitos Humanos aprovou requerimento pedindo à Mesa que a TV 
            Assembléia também adote o sistema closed caption em sua 
            programação. O objetivo da nova discussão é dar maior visibilidade à 
            luta das entidades de defesa dos surdos pela disseminação do sistema 
            na TV brasileira. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
            (IBGE) estima em 5 milhões o número de pessoas com algum tipo de 
            deficiência auditiva no Brasil. Foram convidados para a reunião desta quarta-feira 
            (24) o subsecretário de Estado de Direitos Humanos, João Batista de 
            Oliveira; o superintendente da Coordenadoria de Apoio e Assistência 
            à Pessoa Deficiente, Flávio Couto e Silva de Oliveira; o presidente 
            da Feneis, Antônio Mário Sousa Duarte; a presidente do Conselho 
            Estadual do Idoso, Cleonice de Alencar Bahia; e os representantes 
            das coordenadorias municipais do Idoso e de Apoio e Assistência à 
            Pessoa Portadora de Deficiência, Vilma de Araújo e Márcio Ferreira, 
            respectivamente. Crime de tortura no País é tema de debate O crime de tortura no Brasil é o tema da terceira 
            audiência pública da Comissão de Direitos Humanos nesta quarta-feira 
            (24), às 20 horas, no Teatro da Assembléia. O evento insere-se na 
            programação do Legislativo mineiro com vistas à reflexão sobre as 
            conseqüências político-sociais do golpe militar de 1964, que 
            completou 40 anos em 2004, e a luta pelos direitos humanos no 
            Brasil. Assim, a audiência vem somar-se ao Ciclo de Debates 
            "Resistir sempre - 64 nunca mais", realizado no dia 31 de março; e à 
            exposição "1964-1985: a subversão do esquecimento". De acordo com o presidente da Comissão de Direitos 
            Humanos, deputado Durval Ângelo (PT), o evento tem o objetivo de 
            aprofundar as discussões acerca do crime de tortura, que ainda é 
            recorrente no Brasil e vitima milhares de pessoas todos os anos, de 
            maneira velada e muitas vezes quase silenciosa, tal como aconteceu 
            no passado nos porões da ditadura. No final de maio, ao participar 
            da II Conferência Estadual de Direitos Humanos, promovida pela 
            Assembléia, Durval Ângelo divulgou dados que apontam para um aumento 
            de 60% das denúncias judiciais por tortura em Belo Horizonte. A reunião será aberta com exposições de Flávia 
            Camello Teixeira, professora universitária; Carlos Augusto Canêdo 
            Gonçalves da Silva, procurador de Justiça e professor da UFMG e da 
            PUC Minas; Roque José de Oliveira Camello, advogado e professor; 
            Heloísa Bizoca Greco, coordenadora do Movimento Tortura Nunca Mais; 
            Caetano Levi Lopes, desembargador do Tribunal de Justiça de Minas 
            Gerais; Wenderson Souza Lima, juiz da Vara Cível da Comarca de 
            Ribeirão das Neves; e a advogada Maria Fernanda Pires de Carvalho 
            Pereira. Após os debates, como parte da programação, será lançado o 
            livro "Da Tortura", de Flávia Camello Teixeira.   
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