Abertura de arquivos da ditadura vai ser tema de reunião

A importância da abertura dos arquivos da ditadura militar é o tema da reunião da Comissão de Direitos Humanos da Ass...

12/11/2004 - 01:00
 

Abertura de arquivos da ditadura vai ser tema de reunião

A importância da abertura dos arquivos da ditadura militar é o tema da reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa da próxima quarta-feira (17/11/04). A reunião, que acontece atendendo a requerimento do deputado Durval Ângelo (PT), também vai ser uma tentativa de se obter esclarecimentos sobre mortes ocorridas nos anos de ditadura (1964-1985). Ela será realizada no Plenarinho II, a partir das 15 horas.

Segundo informações fornecidas pela assessoria de Durval Ângelo, o parlamentar acredita que a reunião será uma oportunidade para se aprofundar as discussões sobre o crime de tortura, "que ainda é recorrente no Brasil e vitima milhares de pessoas todos os anos, de maneira velada e, muitas vezes, quase silenciosa, tal qual aconteceu no passado nos porões da ditadura".

Atualmente, os arquivos secretos da ditadura são protegidos pelo Decreto 4.533, de 2002, que restringe o acesso a documentos e informações consideradas sigilosas por 50 anos. O decreto foi assinado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no final de seu mandato. Até então, a Lei da Anistia estipulava o prazo de 30 anos para a abertura dos documentos sigilosos do período militar. Após a polêmica envolvendo a divulgação de supostas fotos do jornalista Wladimir Herzog nos porões da ditadura, o governo federal criou um grupo de trabalho para analisar a possibilidade de abertura dos arquivos secretos dos militares.

Foram convidados para a reunião o subsecretário de Estado de Direitos Humanos, João Batista de Oliveira; o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa dos Direitos Humanos, Apoio Comunitário e Conflitos Agrários, procurador Afonso Henrique de Miranda Teixeira; o conselheiro do Movimento Nacional dos Direitos Humanos, Élcio Pacheco; a coordenadora do Movimento Tortura Nunca Mais, Heloísa Greco; e a coordenadora da Comissão dos Anisitados, Gilse Cosenza.

 

 

 

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