Assembléia presta homenagem aos 50 anos das Apaes no
Brasil
Os 50 anos das Associações de Pais e Amigos dos
Excepcionais (Apaes) foram lembrados em Reunião Especial do Plenário
da Assembléia Legislativa, nesta sexta-feira (5/11/04), atendendo a
requerimento do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), que destacou
que as Apaes são o maior movimento comunitário do mundo. O deputado
destacou que a associação, que começou suas atividades no Rio de
Janeiro, em 1954, tem hoje mais de 2 mil unidades no Brasil, sendo
368 em Minas Gerais. A Apae mineira mais antiga é a de São Lourenço,
que completa o cinqüentenário no próximo ano. A solenidade foi
presidida pelo deputado Fábio Avelar (PTB), que representou o
presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB).
Dalmo Ribeiro Silva, em seu discurso, ressaltou que
as Apaes são entidades mantenedoras de escolas especiais que
oferecem atendimento educacional a milhares de crianças e adultos,
formando uma rede de pessoas que promovem a inclusão social e se
esforçam para sensibilizar e conscientizar a sociedade e os órgãos
públicos sobre os direitos fundamentais de cidadania das pessoas
especiais. "É inegável que o fato de contarmos hoje com um conjunto
de normas, vigentes em nosso ordenamento jurídico, que disciplinam a
verdadeira educação especial, é fruto da luta intransigente e da
firme determinação das Apaes de todo o Brasil", afirmou.
O deputado manifestou ainda sua preocupação com as
estatísticas que apontam que nos países desenvolvidos a proporção de
aproveitamento e inclusão de pessoas especiais na educação e no
trabalho fica entre 30% e 45%, e no Brasil, dos nove milhões em
idade de trabalhar, apenas 2% são aproveitados.
As conquistas e desafios dos 50 anos de trabalho do
movimento apaeano foram lembrados no discurso da presidente da
Federação das Apaes do Estado, Luíza Pinto Coelho. "Entendemos que
devemos proporcionar todos os meios possíveis para que essas pessoas
especiais sintam-se parte da comunidade, se sintam peças
fundamentais na engrenagem da vida. Cabe-nos muito mais que
simplesmente aceitá-las. Devemos trabalhar incansavelmente para
fazer valer cada direito tão arduamente conquistado nesses 50 anos
de lutas", afirmou.
O deputado federal Eduardo Barbosa agradeceu o
apoio da Assembléia Legislativa ao movimento apaeano. Ele lembrou
que os parlamentares mineiros sempre estiveram ao lado das
associações, apoiando pleitos e reivindicações. "A Apae sempre teve
espaço no Legislativo e se fez presente em vários momentos, como,
por exemplo, na elaboração da Constituição do Estado. Isso fez com
que Minas Gerais absorvesse por meio da Constituição Estadual aquilo
o que já estava determinado pela Constituição Federal de 1988, ou
seja, a igualdade de acesso e oportunidade às pessoas com
deficiência", exemplificou.
Homenagens - Os deputados
Fábio Avelar e Dalmo Ribeiro Silva entregaram à presidente da
Federação das Apaes de Minas Gerais, Luíza Pinto Coelho, uma placa
alusiva à homenagem. A Banda da Política Militar, sob a regência do
subtenente Gideão, também prestou sua homenagem ao movimento das
Apaes.
O deputado Fábio Avelar leu o discurso do
presidente Mauri Torres rememorando a história e o trabalho das
Apaes, desde sua fundação até a expansão do movimento por todo o
Brasil. O deputado reforçou, no entanto, a necessidade de
investimento financeiro para que os direitos de cidadania da pessoa
portadora de deficiência continuem respeitados e viáveis. "A
sociedade como um todo tem de estar permanentemente mobilizada, não
só nas esferas dos poderes federal, estadual e municipal. O próprio
País deve honrar seu compromisso para com o indivíduo portador de
deficiência. Novas idéias, novos projetos, novos colaboradores serão
bem-vindos para aprimorar a capacidade gerencial e de atendimento do
movimento apaeano", alertou.
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