FFO vota favorável ao parecer do PRE que aprova contas do governador

Na reunião extraordinária da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa, nesta quin...

28/10/2004 - 00:02
 

FFO vota favorável ao parecer do PRE que aprova contas do governador

Na reunião extraordinária da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa, nesta quinta-feira (28/10/04), os deputados votaram favoravelmente ao parecer em turno único, do Projeto de Resolução 1.897/04, que aprova as contas do governador, referentes ao exercício de 2003. O projeto, de autoria da FFO, está pronto para apreciação em Plenário e, se aprovado, será promulgado pela Assembléia. O parecer do relator, deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB), foi aprovado na forma original, com a rejeição do substitutivo nº 1, do deputado Rogério Correia (PT), que pedia a rejeição das contas.

No parecer, Antônio Carlos Andrada destaca o objetivo do governador de reduzir o déficit fiscal e restaurar a capacidade de investimento do Estado e nega as irregularidades apontadas no substitutivo. Ao concordar com a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que opinou favoravelmente à aprovação das contas, Andrada afirma que as falhas e deficiências constatadas não comprometeram a gestão financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado, uma vez que não se vislumbraram indícios de malversação dos recursos públicos.

Na execução orçamentária do ano passado, a arrecadação da receita totalizou R$ 18,85 bilhões e a despesa fiscal ficou em R$ 19,13 bilhões, evidenciando um déficit de R$ 283,23 milhões. Acrescentando-se à receita o valor de R$ 181,22 milhões referente ao superávit financeiro de exercícios anteriores, o déficit nominal cai para R$ 102,01 milhões.

O substitutivo nº 1, apresentado por Correia, propõe a rejeição das contas sob o argumento de irregularidades como o descumprimento da vinculação constitucional da receita para aplicação na saúde e para a Fapemig; manutenção dos recursos do Fundef no caixa único do Estado; realização de despesas além do crédito autorizado pela Turminas e pela Rádio Inconfidência; e exclusão, nos demonstrativos das despesas com pessoal, das despesas decorrentes de contratos de terceirização.

Na declaração de voto, o deputado Sebastião Helvécio (PDT), declarou que votaria a favor do parecer, mas pediu para deixar registrada sua preocupação com os investimentos na área de saúde. O deputado destacou que é preciso seguir a emenda à Constituição Federal nº 29, que prevê a aplicação de 12% do orçamento em saúde. Para ele, a exemplo do que o governo federal fez, vinculando os investimentos do setor, ao desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), o Estado deveria ter tal tipo de preocupação, com o objetivo de aumentar progressivamente o investimento em saúde, "para fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e para que União, Estados e municípios possam suportar os gastos com o sistema".

Flexibilização na gestão de serviços públicos também recebe parecer favorável

Outro projeto que teve parecer aprovado foi o PL 1.481/04, do governador, que dispõe sobre a gestão de tecnologia, informação, pessoal, patrimônio, serviços gerais, orçamento, finanças e controle interno no âmbito da administração pública direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo. A proposição visa promover a flexibilização da organização das atividades da administração pública estadual em atendimento às diretrizes e tendências da moderna administração pública. O parecer do relator, deputado Ermano Batista (PSDB), foi aprovado na forma do substitutivo nº 1 da Comissão de Constituição e Justiça, com a emenda nº 1 apresentadas pela FFO.

Uma das disposições do projeto autoriza o Executivo a promover a alteração, mediante remanejamento e sem aumento de despesa, da lotação de cargos de provimento em comissão e funções gratificadas não integrantes das estruturas básicas, em órgãos e entidades da administração direta, autárquica e fundacional.

A CCJ, no substitutivo que apresentou, fez adequações técnicas, com o objetivo de não comprometer normas jurídicas do direito administrativo. Já a FFO entendeu que não existem obstáculos financeiro-orçamentários, e nem impactos nos cofres públicos, já que busca gerir os recursos públicos, materiais e financeiros, de forma mais racional. A comissão apresentou a emenda n° 1, por sugestão do deputado Antônio Carlos Andrada, que trata da forma de provimento de cargos de chefia por procurador do Estado.

Já o PL 1.599/04, do deputado Leonardo Moreira (PL), teve parecer de 1º turno pela rejeição, aprovado pela comissão. A proposição tem por objetivo estabelecer que veículo apreendido por suspeita de furto ou roubo poderá ficar sob a guarda daquele que detiver sua posse, caso o tenha adquirido de boa-fé. O projeto determina que deverá ser lavrado termo de responsabilidade e que, em caso de furto ou desaparecimento do veículo, o seu depositário deverá recolher o valor correspondente. Estabelece que, se o possuidor não se interessar pelo veículo, este poderá ser entregue a entidade filantrópica. A justificação, segundo o projeto, é evitar que o veículo se deteriore nos depósitos policiais, causando prejuízos tanto ao proprietário como àquele que o adquiriu de boa-fé.

A CCJ não emitiu parecer e, na FFO, o relator, deputado José Henrique (PMDB), entendeu que o assunto já está disciplinado, de uma maneira simples e eficiente, na Lei 13.685, de 2000. Esta norma dispõe que o Estado divulgará relação dos veículos apreendidos sob suspeita de furto ou roubo, contendo dados relativos ao modelo, à cor e aos números do chassi e da placa, periodicamente, por meio do órgão oficial, pela internet e com afixação de cartazes nas delegacias de trânsito. Além disso, determina que o proprietário será notificado por meio de correspondência registrada. E que o veículo não reclamado no prazo de um ano será levado a leilão público, e o valor arrecadado depositado na conta do ex-proprietário, deduzida a dívida de multas, tributos e despesas administrativas

Presenças - Deputados Ermano Batista (PSDB), presidente; Antônio Carlos Andrada (PSDB), José Henrique (PMDB), Sebastião Helvécio (PDT) e Gustavo Valadares (PFL).

 

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