Projeto de lista antimarketing recebe parecer favorável

Minas Gerais pode ter em breve uma lista pública de consumidores que não desejam ser incomodados por ligações telefôn...

27/10/2004 - 00:00
 

Projeto de lista antimarketing recebe parecer favorável

Minas Gerais pode ter em breve uma lista pública de consumidores que não desejam ser incomodados por ligações telefônicas de operadores de telemarketing. Esse é o objetivo do Projeto de Lei (PL) 1.822/04, do deputado Célio Moreira (PL), que recebeu parecer favorável da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembléia Legislativa nesta quarta-feira (27/10/04). O projeto, que tramita em 1o turno, segue agora para a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária para depois ir a votação em Plenário. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) perdeu prazo para emitir parecer.

Inspirado em listas semelhantes que existem nos Estados Unidos e no Código de Ética da Associação Brasileira de Marketing Direto, o projeto da lista antimarketing disciplina o chamado marketing direto ativo, por meio do qual empresas entram em contato com consumidores (por telefone ou correspondência) na tentativa de vender produtos ou serviços. Pelo projeto, os consumidores que não quiserem receber essas ofertas poderão se inscrever numa lista pública, que lhe garante o direito de não ser importunado.

A lista seria viabilizada por meio de parceria entre o governo do Estado e organizações da sociedade civil de interesse público (oscips). A inscrição na lista e as consultas por parte de empresas seriam pagas. As empresas que vierem a descumprir a lei teriam que arcar com multas, cujo dinheiro seria revertido para o Fundo Estadual de Defesa do Consumidor. Para os consumidores não inscritos na lista, o projeto determina que as ligações de telemarketing só podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8 às 21 horas (exceto feriados).

A relatora, deputada Lúcia Pacífico (PTB), considerou a proposta inovadora e opinou pela aprovação do projeto sem alterações.

Produtos nocivos à saúde

Também recebeu parecer de 1o turno favorável o PL 1.760/04, da deputada Ana Maria Resende (PSDB), que dispõe sobre procedimentos a serem adotados por fornecedores de produtos e serviços que venham a ser considerados nocivos à saúde. O projeto determina que, tão logo se descubra que determinado produto é prejudicial, os fornecedores são obrigados a publicar, em veículos de grande circulação, informações sobre o tipo de problema constatado, as providências que devem ser tomadas pelos consumidores, a previsão de troca do produto e o número de telefone para mais esclarecimentos. O projeto também determina o recolhimento imediato do produto inadequado após a constatação de problemas.

O relator, deputado Antônio Júlio (PMDB), opinou pela aprovação na forma do substitutivo no 1, apresentado pela CCJ. O substitutivo aprimora a redação original e introduz no texto punições administrativas para os infratores, além das penalidades já previstas no Código de Defesa do Consumidor. O substitutivo também obriga o Estado a informar os consumidores sobre a existência de produtos nocivos à saúde. O projeto agora segue para a Comissão de Saúde para receber parecer.

Requerimentos - A comissão aprovou dois requerimentos do deputado Antônio Júlio. Um deles solicita à Secretaria de Estado da Fazenda informações sobre o andamento das investigações sobre o esquema de emissão de notas frias por empresas do setor de ferro-gusa no Estado. Outro pede a realização de reunião para discutir a instalação de eliminadores de ar nos hidrômetros. Também foi aprovado requerimento do deputado Sargento Rodrigues (PDT), para a realização de audiência pública para discutir irregularidades nas autuações por infração de trânsito na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Presenças - Deputada Lúcia Pacífico (PTB), presidente; deputados Antônio Júlio (PMDB), Roberto Carvalho (PT) e Luiz Humberto Carneiro (PSDB).

 

 

 

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