Escola do Legislativo contribui para formação de líderes rurais

Vinte e sete alunos do curso de Formação de Líderes de Organizações Rurais (Flor), provenientes de várias regiões de ...

13/10/2004 - 00:00
 

Escola do Legislativo contribui para formação de líderes rurais

Vinte e sete alunos do curso de Formação de Líderes de Organizações Rurais (Flor), provenientes de várias regiões de Minas, do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Bahia, participaram de uma palestra do consultor Leo Noronha, da Escola do Legislativo, que enfocou, entre outros temas, a formação e a reciclagem da mentalidade política. Dentre os participantes, havia dirigentes e ex-alunos das escolas Família Agrícola, de movimentos internacionais de solidariedade, um professor de "Pedagogia da Alternância" na UnB, lideranças ligadas à Pastoral da Terra e ao Movimento dos Sem-Terra (MST).

O evento, que aconteceu no Teatro da Assembléia na tarde desta quarta-feira (13/10/04) foi solicitado pelo deputado Padre João (PT). O parlamentar falou sobre a dificuldade de se motivar as pessoas a participarem de movimentos e organizações em seu próprio favor. "Nosso mandato é coletivo e participativo, para fazer política em favor de quem mais necessita, mas estamos sempre refletindo sobre as dificuldades de mobilização. Onde terá falhado a consciência de cidadania?", indagou Padre João, informando que o PT e o PCdoB fecharam questão na exigência de verbas orçamentárias este ano para fortalecer as escolas Família Agrícola.

Antes se iniciar sua palestra, o consultor Noronha fez uma prospecção sobre as opiniões políticas de cada um, e passou então a divulgar os seus próprios conceitos sobre política, ressalvando a todos que falava com a independência e a neutralidade conferidas aos professores da Escola do Legislativo e que não defendia ali pontos de vista dos deputados ou da Assembléia. Teorizou sobre o pensamento grego, segundo o qual "política é a arte de promover o bem comum" e sobre as diferenças entre os domínios da fé e da política.

Leo Noronha relatou as conclusões a que chegou após o Fórum Mundial, em Porto Alegre, em que "gente de todo o mundo deixou clara a falta de poder das pessoas para modificar as relações que oprimem as maiorias". Para ele, é preciso ter fé para buscar essas modificações. "Temos que acreditar que a autoridade não é para ser temida, nem para ser bajulada, mas para atender aquilo que a maioria deseja". Teceu também comentários sobre as formas de organização popular. "Os políticos estão para os partidos assim como as ONGs estão para a sociedade.

Provocado por perguntas previamente formuladas pela platéia, Leo Noronha explicou o funcionamento do Legislativo como poder legislador, fiscalizador e vocalizador das causas coletivas, e como as forças sociais nele representadas atuam sobre a tramitação das leis. Lembrou também o papel das audiências públicas, da Comissão de Participação Popular e da TV Assembléia como canais de aproximação entre o Poder Legislativo e o cidadão.

 

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