Adiada votação de parecer sobre cadastro de mortalidade materna

A Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa aprovou, nesta quarta-feira (13/10/04), três requerimentos e um projeto...

13/10/2004 - 00:02
 

Adiada votação de parecer sobre cadastro de mortalidade materna

A Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa aprovou, nesta quarta-feira (13/10/04), três requerimentos e um projeto de lei que dispensam a apreciação do Plenário. Já o Projeto de Lei 811/03, da deputada Jô Moraes (PC do B), que cria o cadastro mineiro de controle da mortalidade materna, teve a votação de seu parecer adiada por pedido de diligência do deputado Carlos Pimenta (PDT). Pimenta quer um parecer do Conselho Regional de Medicina a respeito de artigo do projeto que obriga hospitais e maternidades, públicas e privadas, a comunicarem o fato a diversas entidades e órgãos.

Carlos Pimenta não concordou com a determinação do projeto de que, entre os órgãos a serem comunicados de mortes de parturientes, estejam o Conselho Estadual da Mulher e a Comissão de Saúde da Assembléia - órgãos, segundo ele, políticos e não técnicos. Ele alegou que os médicos que atendem em condições muitas vezes bem precárias vão ficar muito expostos em entidades que não têm um comportamento técnico. O projeto foi lido por seu relator, Ricardo Duarte (PT), que apresentou o substitutivo nº 1. O substitutivo inclui apenas a palavra "estatísticos", ao definir os dados que deverão ser comunicados à Secretaria de Saúde e aos outros órgãos.

O projeto tem como objetivo criar o registro permanente de dados e informações acerca das mortes maternas ocorridas no Estado, com a finalidade de subsidiar políticas públicas sobre o assunto. Para isso, o óbito e os dados sobre a gestante, bem como o acompanhamento durante o pré-natal e causas do óbito, serão registrados em formulário próprio pelos hospitais que deverão encaminhar as informações à Secretaria de Estado da Saúde, responsável pela manutenção do cadastro; e mais ao Ministério da Saúde, ao Conselho Estadual da Mulher e à Comissão de Saúde da Assembléia.

Projeto sofre modificações técnicas

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou parecer favorável ao PL 811/03, com três emendas. A primeira visou sanar a inconstitucionalidade do projeto, ao criar um cadastro na estrutura do Poder Executivo. A CCJ mudou a redação do projeto, que passou a determinar que o Estado promova, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o Cadastro Mineiro de Mortalidade Materna (Camma). Outra emenda mudou a competência para manutenção do cadastro de "Secretaria da Saúde" para "órgão competente". E uma última incluiu os hospitais particulares na obrigatoriedade de comunicar os óbitos.

O pedido de diligência apresentado na Comissão de Saúde adia a votação por cinco dias, de acordo com o Regimento Interno. Cumprido este prazo, caso não haja resposta do órgão a quem foi solicitada a informação, o projeto poderá ser colocado novamente em pauta, a critério do presidente da comissão.

Os deputados aprovaram ainda parecer do PL 1.714/04, do deputado Adalclever Lopes (PMDB), em turno único, que declara de Utilidade Pública o Hospital Otávio Gonçalves, de Cachoeira de Pajeú.

Presenças: Deputados Ricardo Duarte (PT), presidente; Carlos Pimenta (PDT), Célio Moreira (PL) e Márcio Kangussu (PPS).

 

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