Comissão de Turismo debate novos usos dos rejeitos de
ardósia
A Comissão de Turismo, Indústria e Comércio da
Assembléia Legislativa vai discutir, na próxima quarta-feira
(22/9/04), as possibilidades de aproveitamento das aparas de
ardósia, provenientes dos processos de extração e beneficiamento da
pedra. A reunião, que atende a requerimento do deputado Doutor
Ronaldo (PDT), será realizada no Plenarinho II, a partir das 15
horas.
As aparas de ardósia atualmente não têm nenhum uso
econômico e geralmente são descartadas no ambiente sem o tratamento
adequado. Mas uma pesquisa conduzida na Universidade Federal de
Minas Gerais pelo professor Herman Mansur constatou que o rejeito
industrial da pedra pode ser utilizado como matéria-prima na
fabricação de tijolos e tubos, em substituição à cerâmica vermelha.
A principal vantagem do uso das aparas de ardósia
em tijolos e tubos é econômica, já que o material praticamente não
tem custo e é abundante em Minas Gerais, Estado responsável por 90%
da produção nacional da pedra. Cada tonelada de ardósia usada na
construção civil rende em média 300 quilos de rejeito. Outra
vantagem é a substituição da cerâmica vermelha como matéria-prima,
já que a extração de argila e barro causa grandes impactos
ambientais.
Foram convidados para a reunião o presidente do
Sindicato Intermunicipal da Indústria de Rochas Ornamentais de Minas
Gerais, José Ferreira da Silva Filho; o vice-presidente da regional
Centro-Oeste da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Afonso
Gonzaga; a consultora do Instituto Euvaldo Lodi, Cristina Calixto
Silveira de Souza; e o presidente da Associação dos Mineradores de
Ardósia, Umberto Valadares Lucena.
|