Reunião põe fim ao impasse entre Prefeitura e Santa Casa de Pitangui

Final do impasse de cinco meses, entre a Santa Casa de Misericórdia de Pitangui e a Prefeitura Municipal, que condici...

14/09/2004 - 00:00
 

Reunião põe fim ao impasse entre Prefeitura e Santa Casa de Pitangui

Final do impasse de cinco meses, entre a Santa Casa de Misericórdia de Pitangui e a Prefeitura Municipal, que condicionava o funcionamento do Pronto Atendimento da prefeitura, no hospital, ao pagamento de três meses de trabalho dos médicos plantonistas. Esse foi o resultado da audiência pública promovida pela Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, nesta terça-feira (14/9/04), no Salão Paroquial da cidade. Em uma reunião presidida pelo deputado Carlos Pimenta (PDT), ficou acordado entre as partes que a Prefeitura de Pitangui vai pagar 50% da dívida com os médicos, além de se responsabilizar pelo pagamento dos profissionais do pronto atendimento e de colocar o Pronto Atendimento em operação a partir desta quarta-feira (15). Caberá à Santa Casa oferecer a infra-estrutura, ficando toda produtividade do posto para o hospital.

A proposta foi apresentada pelo prefeito de Pitangui, José Eduardo Lopes Cançado, depois de outras duas sugestões que não foram acolhidas, e de uma série de reuniões mal sucedidas. O compromisso foi firmado com o padre Antônio Carlos Barboza, pároco local, e a provedora da Santa Casa de Misericórdia, Helena de Freitas. "A pressão pública foi importante para que o problema fosse acertado. Saímos hoje com essa 'pendenga' resolvida", avaliou José Eduardo.

Os deputados presentes comemoraram o resultado da reunião. "Prevaleceu o bom senso. É o interesse maior que se sobrepôs ao interesse particular", opinou Carlos Pimenta. Opinião semelhante teve o autor do requerimento para a reunião, o secretário extraordinário para Assuntos da Reforma Agrária, deputado Neider Moreira (PPS): "Essa é uma reunião da qual a gente sai feliz já que uma das funções do homem público é buscar o consenso que atenda a maioria". Também para Paulo Cesar (PFL), foi colocado "um ponto final no impasse", apresentando uma situação diferente das outras cidades da região, já que a Prefeitura de Pitangui assumiu o problema.

Dívida da Santa Casa

Durante a reunião, a provedora da Santa Casa de Misericórdia, Helena de Freitas, relatou alguns problemas enfrentados pela instituição, entre eles a dívida de R$ 14 mil e o não-funcionamento do ambulatório. Mas ela destacou também que os funcionários estão recebendo o pagamento em dia e que o funcionamento interno do hospital está normal. "Todos estão sendo atendidos", afirmou.

Em relação à dívida, o prefeito José Eduardo, disse "estar feliz" ao ouvir que é de R$ 14 mil, já que três anos atrás, de acordo com ele, a Santa Casa tinha uma dívida de R$ 600 mil, que foi paga com a ajuda do Executivo municipal e da sociedade local. O deputado Paulo Cesar também alertou que, nos 45 hospitais das cidades da região, "todos devem ter uma dívida no mínimo dez vezes maior que a de Pitangui".

Durante a audiência, a população local fez uso da palavra para falar da situação da Santa Casa e de problemas pontuais de saúde.

Presenças - Deputados Carlos Pimenta (PDT), que presidiu a reunião; Paulo Cesar (PFL); Neider Moreira (PPS), secretário extraordinário de Assuntos para Reforma Agrária; vereador Messias Júlio de Abreu, presidente da Câmara Municipal de Pitangui; diretor e coordenadora da Diretoria de Ações Descentralizadas de Saúde (Dads), Augusto Machado Souza e Maria da Conceição Oliveira; além das autoridades citadas na matéria. Também participaram da audiência várias autoridades locais.

 

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