Fruticultura discute organização e gestão social na quinta-feira
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A Comissão Especial da
Fruticultura da Assembléia Legislativa realiza reunião na
quinta-feira (9/9/04), para discutir a organização e a gestão social
da fruticultura mineira. O objetivo é levantar a situação do
segmento familiar da atividade no Estado e identificar políticas
adequadas para incentivar os pequenos produtores e o restante da
cadeia produtiva. A reunião será às 14h30, no Plenarinho IV e é a
última que a comissão faz, até a entrega do relatório, previsto para
início de outubro. Antes, ela fica com os trabalhos suspensos de 10
de setembro a 4 de outubro, para colher a documentação que irá
subsidiar o texto final.
Para verificar a melhor forma de gerir a atividade,
os deputados convidaram especialistas na área de associativismo,
cooperativas, segurança do trabalho, já que o enfoque contemplará os
setores de indústrias caseiras, segurança no trabalho, qualificação
de mão-de-obra, entre outros. A intenção é discutir formas de
incentivo à produção caseira de doces, o que o segmento precisa para
agregar valor à atividade. A fruticultura mineira tem
características familiares no Sul e Zona da Mata mineiros, com
propriedades em torno de 2 hectares. Na Zona da Mata existem 2.627
indústrias caseiras de doces consumindo 1.500 toneladas por ano, com
cerca de 3.600 empregos diretos e 7 mil indiretos. Já no Norte e
Noroeste, as propriedades são maiores, muitas vezes com
características industriais.
A indústria de doces caseiros tem grande impacto
social, na medida em que são milhares de famílias vivendo da
atividade, sobretudo na Zona da Mata, além de ser importante
compradora de frutas, o que beneficia os pequenos produtores.
Para a reunião foram convidados: o diretor do
departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural da Secretaria
de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário,
Argileu Martins da Silva; o delegado regional do Trabalho em Minas
Gerais, Carlos Calazans; o secretário executivo do Conselho Estadual
de Desenvolvimento Rural Sustentável, Jorge da Costa Vicente; o
superintendente do Serviço Nacional de Aprendizado Rural, Roberto
Simões; o diretor-presidente da Federação dos Trabalhadores em
Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), Vilson Luiz da
Silva; o diretor-geral do Centro de Agricultura Alternativa de
Montes Claros, Braulino Caetano dos Santos; e o presidente da
Associação de Agronegócios de Viçosa (Assov), José Geraldo
Soares.
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