Aprovado em 1o turno projeto de licença do vice-governador

O Plenário da Assembléia Legislativa aprovou em 1o turno, na Reunião Ordinária desta quarta-feira (1o/9/04), o Projet...

01/09/2004 - 00:00
 

Aprovado em 1o turno projeto de licença do vice-governador

O Plenário da Assembléia Legislativa aprovou em 1o turno, na Reunião Ordinária desta quarta-feira (1o/9/04), o Projeto de Resolução (PRE) 1.853/04, que concede licença ao governador interino, Clésio Andrade, para interromper o exercício de suas funções. O projeto, de autoria da Mesa da Assembléia, foi recebido em Plenário nesta terça-feira (31/8), depois que o vice-governador Clésio Andrade pediu licença sem remuneração para tratar de assuntos particulares no período entre 8 e 14 de setembro.

Como o governador Aécio Neves está em viagem oficial ao Japão e à França, o primeiro na linha sucessória para ocupar interinamente o governo do Estado nesse período será o presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB). Na Reunião Ordinária desta quarta (1o), foi aprovado requerimento do deputado Luiz Fernando Faria (PSDB) pedindo a tramitação do projeto em regime de urgência. Com isso, fica dispensada a publicação de pareceres e os prazos regimentais da tramitação ficam reduzidos à metade.

Informações sobre grupo sangüíneo - Também em 1o turno, o Plenário aprovou o Projeto de Lei (PL) 657/03, do deputado José Milton (PSDB), que obriga o registro do grupo sangüíneo e do fator RH nos uniformes de trabalhadores das empresas de transporte de passageiros intermunicipal. O objetivo é agilizar o socorro desses trabalhadores em caso de acidentes de trânsito. O projeto foi aprovado com seis emendas, as de nºs 1 a 5, da CCJ, e 7, do deputado Doutor Viana (PFL). A de nº 6, do mesmo deputado, foi rejeitada.

A emenda de nº 1 tem o objetivo de explicitar que a nova lei se aplicará somente às concessionárias de transporte intermunicipal de passageiros. As emendas de 2 a 5 fazem adequações no texto sem alterar o seu conteúdo. E a de número 7 suprime a penalidade prevista no texto original e remete as sanções para quem descumprir a lei para o contrato de concessão do serviço ou para a legislação já existente sobre o assunto. A emenda 6, rejeitada, explicitava que as informações sobre o tipo sangüíneo deveriam constar dos crachás dos trabalhadores.

Projeto muda denominação da Prodemge

Em 2o turno, foi aprovado o PL 1.538/04, do governador, que altera a denominação da Companhia de Processamento de Dados do Estado de Minas Gerais para Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais.

Também foram aprovados em 2o turno três projetos de doação ou permuta de imóveis. O PL 355/03, do deputado Arlen Santiago, autoriza doação de imóvel do Poder Executivo ao município de Curvelo. De autoria do governador, o PL 1.402/04 autoriza permuta de imóvel com o município de Carneirinho. E o PL 1.559/04, também do governador, autoriza a Associação Profissionalizante do Menor de Belo Horizonte (Assprom) a permutar imóvel que havia recebido do governo do Estado em 1999.

O PL 1.537/04, do governador, que autoriza doação de imóvel do Executivo à Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab-MG), teve a discussão encerrada em 1o turno. O projeto recebeu uma emenda do deputado Sargento Rodrigues (PDT) e foi encaminhado à Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária para receber parecer sobre a emenda.

O projeto doa um terreno de 528 mil metros quadrados em Ribeirão das Neves à Cohab-MG, para a construção de "empreendimentos habitacionais". A emenda de Sargento Rodrigues tem como objetivo garantir que 10% desses empreendimentos sejam reservados a policiais civis e militares, bombeiros e agentes de segurança penitenciários.

Terras devolutas - O PRE 1.726/04, da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial, que aprova a legitimação de cinco porções de terras devolutas situadas no Norte de Minas e no Vale do Mucuri, foi aprovado em 1o turno.

Os três vetos que estavam na pauta da reunião não foram votados por falta de quórum qualificado. Já os três projetos de resolução que aprovam as contas do Tribunal de Contas relativas aos anos de 2000, 2001 e 2002 tiveram votação adiada a pedido do deputado Rogério Correia (PT).

Requerimentos - Foram aprovados durante a reunião três requerimentos. Um deles, da Comissão Especial da Fruticultura, solicita a suspensão de seus trabalhos entre 10 de setembro e 4 de outubro. Já a Comissão de Direitos Humanos pede que a Câmara Municipal de Rio Piracicaba envie à Assembléia cópia dos autos de uma comissão parlamentar de inquérito que culminou com a cassação do mandato do ex-prefeito da cidade, Pedro Theodolino da Silva. Outro requerimento, da mesma comissão, pede que a superintendência estadual do Incra envie à Assembléia cópia do acordo firmado para a desocupação da Fazenda Salitre, em Patrocínio.

A presidência deferiu requerimento do deputado Zé Maia (PSDB), que pede a inclusão em ordem do dia da Proposta de Emenda à Constituição 66/03, da Comissão Especial da Uemg, que oferece às fundações de ensino superior a opção de se associar ou se desvincular da universidade estadual.

Deputado critica interrupção de gravidez de feto anencéfalo

Durante a fase de pronunciamentos, o deputado Miguel Martini (PSB) ocupou a tribuna para criticar a posição favorável da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) à interrupção da gestação de feto anencéfalo. "Sabemos que o direito à vida é cláusula pétrea da Constituição Federal e já há interpretação de que a vida começa na concepção. E toda vida gerada deve ser protegida pelo Estado", afirmou. Segundo o deputado, mães que têm filhos anencéfalos não apresentam danos psicológicos e esses bebês, que nascem sem cérebro, têm expectativa de vida que pode chegar a 40 semanas. "Qual o critério para se determinar quem vai viver? É simplesmente a expectativa de vida?", questionou. O deputado apelou para que a Assembléia aprove um requerimento com manifestação de repúdio à posição da OAB favorável ao aborto em casos de anencefalia.

O deputado Jayro Lessa (PL) disse que não concorda com Miguel Martini. O deputado Antônio Júlio (PMDB) defendeu a instalação de uma CPI para investigar a atuação das mineradoras no Estado e de uma comissão especial para apurar a sonegação fiscal por meio de notas frias.

 

 

 

 

 

 

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