Fiscalização Financeira discute novamente convênio do Estado com
INDG
Depois da reunião de quarta-feira (25/8), em que o
secretário de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Antônio
Anastasia, negou irregularidades no contrato firmado entre o Estado
e o Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), o assunto volta a
ser debatido na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária
da Assembléia Legislativa, nesta quarta-feira (1º/9/04). A reunião
acontece às 10 horas, no Plenarinho IV, e terá a presença do
secretário de Estado da Fazenda, Fuad Noman, e do deputado federal
Virgílio Guimarães (PT).
Os deputados querem mais informações sobre
o termo de convênio
celebrado entre o Estado, a Fundação Brava e o INDG, com o objetivo
de elaborar e a executar os projetos de reestruturação para
otimização de processos, gerenciamento matricial de receita e de
despesas e gerenciamento de projetos e sobre o acordo de
confidencialidade celebrado entre o Estado e as referidas
instituições.
O INDG, uma das maiores empresas de consultoria do
Brasil, prestou assistência ao Estado na elaboração do chamado
"choque de gestão" do governo Aécio Neves. O instituto auxiliou o
governo a identificar onde era possível cortar despesas e aumentar
receitas para reduzir o déficit fiscal do Estado. O valor da
consultoria foi de R$ 4 milhões, pagos pela Fundação Brava, entidade
ligada a grandes empresas, como Ambev, Telemar, Gerdau,
Belgo-Mineira e Vale do Rio Doce, que são os maiores contribuintes
do Estado.
Na última reunião, o deputado
Chico Simões (PT), autor do requerimento que pediu o debate, não
ficou satisfeito com as explicações, afirmando que a consultoria não
resolveu o problema de caixa do Estado e que os projetos
estruturantes recomendados por ela "não sairão do papel". Os fiscais
estaduais acusaram as empresas financiadoras da consultoria de serem
beneficiadas com isenções fiscais.
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