Assembléia de Minas corta salários a partir deste sábado (21)

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais vai cortar a partir deste sábado (21/08/04) os salários, pagos a 201 servido...

20/08/2004 - 00:00
 

Assembléia de Minas corta salários a partir deste sábado (21)

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais vai cortar a partir deste sábado (21/08/04) os salários, pagos a 201 servidores da ativa e aposentados, que estão acima do subteto de R$ 13.380. A decisão foi tomada nesta sexta (20) pelo presidente da Casa, deputado Mauri Torres (PSDB), após ser informado da publicação, no Diário Oficial da União, da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Nelson Jobim, que cassou liminares contra o subteto concedidas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A aplicação do subteto reduzirá em R$ 12 milhões por ano os gastos da Assembléia, de acordo com Mauri Torres.

Nelson Jobim alegou que havia a necessidade de suspensão dos efeitos das liminares concedidas, "em razão do denominado efeito multiplicador da decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais". O presidente do Supremo ainda dispensou a manifestação dos servidores e da Procuradoria Geral da República "em razão da urgência que a medida requer".

Ainda em sua decisão, o ministro Nelson Jobim afirmou que a matéria é constitucional e já está sendo tratada pelo STF em outro mandado de segurança, o de número 495915-2, impetrado por quatro ministros aposentados do próprio STF contra o teto salarial federal. Assim como os servidores da Assembléia, eles alegam que a medida adotada com base na Emenda Constitucional 41, que estabeleceu o teto e o subteto, fere o direito adquirido, não respeita o ato jurídico perfeito e o princípio da segurança jurídica. Os ministros aposentados são Djaci Alves Falcão, Francisco Manoel Xavier de Albuquerque, Luiz Rafael Mayer e Oscar Dias Correa.

O subteto salarial foi fixado pelo presidente Mauri Torres em 9 de fevereiro, retroativo a 1º de janeiro deste ano. Existe ainda no STF outro pedido, feito pela Assembléia, de suspensão de liminares concedidas a outro grupo, formado por 41 servidores que recebem acima do subteto de R$ 13.380.

O presidente da Assembléia disse estar cumprindo o que determina a Emenda Constitucional aprovada no ano passado pelo Congresso Nacional, que estabeleceu o teto e o subteto a serem implementados pela União, Estados e municípios. Mauri Torres afirmou existir agora uma expectativa de que o STF julgue o mérito dos mandados de segurança impetrado pelos servidores e mantenha o subteto. Nesse caso, os servidores deverão ter de devolver à Assembléia o que receberam além do subteto desde o início deste ano.

 

 

 

 

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