Projeto da LDO está pronto para votação em Plenário

Está pronto para votação em Plenário o Projeto de Lei (PL) 1.640/04, do governador, que contém a Lei de Diretrizes Or...

29/06/2004 - 00:01
 

Projeto da LDO está pronto para votação em Plenário

Está pronto para votação em Plenário o Projeto de Lei (PL) 1.640/04, do governador, que contém a Lei de Diretrizes Orçamentárias. O projeto, que estabelece as metas para a elaboração do Orçamento do Estado para o ano que vem, teve parecer de turno único aprovado nesta terça-feira (29/6/04), durante reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária ampliada da Assembléia Legislativa.

De acordo com o parecer, elaborado pelo deputado Sebastião Helvécio (PDT), o demonstrativo das metas fiscais estima uma receita total de R$ 22,14 bilhões e uma despesa total de R$ 22,75 bilhões, o que significa um déficit potencial de R$ 613 milhões para o próximo exercício, e prevê a obtenção do equilíbrio fiscal em 2006 e 2007, com superávits nominais de R$ 403 milhões e de R$ 1,351 bilhão, respectivamente.

O parecer foi aprovado com as emendas de números 2, 7 a 11, 13, 14, 40, 42, 45, 74 e 83, de autoria de parlamentares, e de 85 a 101, apresentadas pelo próprio relator, com as subemendas no 1 às emendas 21, 28, 33, 36, 43, 44, 47, 51 e 84. As emendas de números 3 a 5, 12, 15 a 19, 23, 25 a 27, 29 a 32, 34, 35, 37 a 39, 41, 46, 48 a 50, 52 a 65, 68 a 73, 78 e de 80 a 82 foram todas rejeitadas.

Votada separadamente, a emenda no 4, do deputado Antônio Carlos Andrada (PSDB), gerou polêmica. Essa emenda determina a centralização da administração do pagamento de todos os precatórios no Poder Executivo, o que, na prática, pode atrasar o recebimento de precatórios por parte do Legislativo e Judiciário. Para o deputado José Henrique (PMDB), essa emenda cria um imbróglio que vai protelar o pagamento da correção da URV aos servidores da Assembléia. "Não existem precatórios da Assembléia para o ano que vem. Devemos respeitar os servidores da Casa e cumprir o que é direito deles: pagar a diferença da URV", disse.

A idéia ganhou o apoio do deputado Chico Simões (PT), que entende que os servidores foram lesados e têm o direito de receber o valor da correção. "Não podemos criar um dispositivo para tungar o servidor", criticou. O relator da LDO, deputado Sebastião Helvécio, disse que não tem a intenção de prejudicar ninguém e a emenda representa um avanço nos entendimentos entre os servidores e a administração da Assembléia. Como solução para o impasse, ele sugere nova rodada de negociações com a Mesa para que o dispositivo seja votado em destaque no Plenário. Apesar das críticas, a emenda foi aprovada com o voto contrário dos deputados Chico Simões e José Henrique.

Também geraram muita discussão as emendas que receberam parecer pela rejeição do relator. A emenda nº 35, do deputado Ricardo Duarte (PT), tinha como objetivo assegurar que todo o orçamento da saúde fosse aplicado em ações e serviços básicos de saúde, impedindo a inclusão nessa rubrica de investimentos em saneamento básico. A emenda 34, do deputado Chico Simões, pretendia desvincular a política salarial do Estado à arrecadação do ICMS, de modo a permitir reajustes aos servidores mesmo em anos sem crescimento da receita desse imposto.

Já a emenda nº 48, também de Chico Simões, determinava a instalação de terminais do Sistema Integrado de Administração Financeira em todos os gabinetes dos deputados estaduais, para que eles pudessem acompanhar de perto a execução orçamentária do Estado. E a emenda nº 81, da deputada Marília Campos (PT), tinha como objetivo evitar o endividamento do Estado por meio de contratos de parcerias público-privadas, nas palavras da própria parlamentar. Essas emendas, além das de números 12, 46, 52, 65 e 70, foram votadas separadamente e todas foram rejeitadas.

Funpemg - A comissão também aprovou parecer favorável ao PL 1.711/04, do governador, que autoriza a abertura de crédito especial no valor de R$ 31 milhões para atender despesas com inversão financeira do Fundo de Previdência do Estado de Minas Gerais (Funpemg). O Funpemg é um fundo de previdência criado pela Lei Complementar 64, que instituiu o regime próprio de previdência dos servidores do Estado em 2002. A partir de 2009, os recursos desse fundo, que deverão chegar a R$ 65 milhões no final deste ano, serão usados para pagar as aposentadorias dos servidores admitidos de 2002 em diante.

O objetivo do projeto é fazer alterações operacionais no fundo, de modo a atender a uma portaria do Ministério da Previdência baixada no ano passado. Segundo essa portaria, fundos previdenciários precisam ter contabilidade própria. Como o Funpemg não é incluído no Orçamento do Estado, o projeto abre uma nova unidade orçamentária, com receita e despesa, para o fundo. O relator, deputado Ermano Batista (PSDB), opinou pela aprovação do projeto sem alterações.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Ermano Batista (PSDB), presidente; Antônio Carlos Andrada (PSDB), Chico Simões (PT), José Henrique (PMDB), Sebastião Helvécio (PDT), Marília Campos (PT), Ricardo duarte (PT) e Olinto Godinho (PSDB).

 

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