Desverticalização da Cemig é aprovada em duas comissões

O projeto que desverticaliza as atividades da Cemig teve parecer de 1o turno aprovado na Comissão de Administração Pú...

29/06/2004 - 00:07
 

Desverticalização da Cemig é aprovada em duas comissões

O projeto que desverticaliza as atividades da Cemig teve parecer de 1o turno aprovado na Comissão de Administração Pública da Assembléia Legislativa, nesta terça-feira (29/6/04). O PL 1.690/04, do governador, foi apreciado também na Comissão de Constituição e Justiça, pela manhã, que apresentou o substitutivo nº 1, acatado pela Administração Pública. O projeto tem o objetivo de adaptar a lei de regência da Cemig ao novo modelo institucional do setor elétrico nacional, concebido pelo governo federal e implementado pela Lei federal 10.848, de 2004. Para isso, a empresa precisa dividir suas atividades de distribuição, transmissão e geração de energia elétrica.

O projeto então reestrutura a composição societária da Cemig, com o objetivo de se criarem empresas juridicamente independentes, subsidiárias da primeira, enquadradas na categoria de entidades de administração indireta. O substitutivo traz alterações para corrigir impropriedades técnicas, como a junção de dispositivos legais em um único.

Outra alteração, de acordo com o parecer do relator deputado Bonifácio Mourão (PSDB), visou incluir um artigo prevendo a aplicação no disposto em três parágrafos do artigo 14 da Constituição do Estado, de que a Cemig terá participação majoritária nas empresas a serem criadas. E para proteger o direito adquirido, segundo o relator, foi incluído um artigo definindo que os dividendos mínimos serão assegurados às ações já emitidas na data de publicação da lei.

Em seu relatório na Comissão de Administração Pública, o deputado Fábio Avelar (PTB) destacou que os empregados da Cemig terão acordo coletivo único, vinculando a holding e as subsidiárias que serão criadas. Ele destacou ainda que foi acertado entre servidores da empresa e o governo que não serão feitas demissões imotivadas por determinado período e que os atuais segurados da Forluz, o fundo de previdência complementar dos empregados da Cemig, permanecerão como segurados do fundo, ainda que prestando serviços nas subsidiárias.

O projeto está na pauta da Reunião Extraordinária da noite desta terça-feira (29) para análise em 1o turno.

Advocacia Pública tem parecer aprovado

Mais três pareceres foram aprovados nesta terça-feira pela comissão. O Projeto de Lei Complementar 49/03, do governador, que estrutura as carreiras da Advocacia Pública do Estado e a carreira do advogado autárquico e fundacional, teve parecer aprovado em 1º turno, na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e mais as emendas nºs 1 e 2 da Administração Pública. A Advocacia é órgão da administração direta do Executivo, subordinada ao governador, tendo como atribuição constitucional exercer as atividades de consultoria e assessoramento jurídicos do Poder Executivo.

A carreira da Advocacia Pública compreende os cargos de procurador do Estado e advogado autárquico, ambos lotados na Advocacia-Geral, mesmo podendo exercer suas atribuições nas Procuradorias. A estrutura proposta para a carreira abrange 465 cargos de provimento efetivo pelo procurador do Estado, distribuídos em quatro níveis e quatro graus; e a carreira de advogado autárquico compreende 41 cargos de provimento efetivo, distribuídos em cinco níveis e dez graus. O projeto define também a progressão e promoção, como instrumentos de desenvolvimento do servidor na carreira. O projeto estipula ainda atribuições de cada função, jornada semanal de trabalho.

O substitutivo da CCJ incorporou as emendas apresentadas pelo próprio governador, corrigindo problemas de técnica legislativa. A Comissão de Administração Pública apresentou as emendas nºs 1 e 2.

Segundo o relator, deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), a emenda nº 1 introduz parágrafo no artigo 3º do substitutivo, "com o objetivo de resguardar as competências da Procuradoria-Geral da Assembléia. E a segunda emenda também se destina à Assembléia, assegurando ao procurador da Casa, as prerrogativas previstas para o procurador do Estado.

Agente de segurança - Outra proposição com parecer aprovado em 1º turno, foi o PL 1.344/03, também do governador, que institui e estrutura a carreira de agente de segurança socioeducativo. A Administração Pública aprovou o parecer com as emendas nºs 1 a 6 apresentadas pela Comissão de Constituição e Justiça. O projeto beneficia os atuais 12 servidores efetivos que atuam como agentes de segurança penitenciários e cria outros 988 cargos efetivos com a mesma função, que passarão a ser denominados agentes de segurança socioeducativo. Uma das principais alterações trazidas pelas emendas é a contagem de tempo para promoção somente após o término do estágio probatório (emenda no 3).

PLC inclui companheiro homossexual como dependente do Ipsemg

O parecer do Projeto de Lei Complementar (PLC) 47/03, da deputada Marília Campos (PT), também foi aprovado em 1º turno. A proposição inclui o companheiro ou a companheira homossexual como dependente do segurado do Instituto de Previdência do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). Em seu parecer, a relatora Jô Moraes (PCdoB) garantiu ter atendido uma preocupação de alguns deputados, que temiam a possibilidade de fraude, na relação de dependência. Para evitar tal possibilidade, a deputada acrescentou como uma das exigências de comprovação da dependência, a mesma documentação que se exige para comprovar as relações heterossexuais.

Os demais projetos foram retirados de pauta e o PL 1.335/03, do governador, que reestrutura as carreiras da área de agropecuária teve a votação do parecer de 2º turno adiado para reunião desta quarta-feira (30), às 10 horas. O parecer foi lido na reunião deste terça. O projeto trata das carreiras da Ruralminas, Ima e Iter.

Requerimento - Foi aprovado requerimento do deputado Rogério Correia e da deputada Marília Campos, ambos do PT, que pede uma audiência pública da comissão, para ouvir esclarecimentos sobre o PL 1.481/04, que dispõe sobre a gestão de tecnologia, informação, pessoal, patrimônio, serviços gerais, orçamento, finanças e controle interno, no âmbito da administração pública direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo. Os deputados querem a presença de representantes do governo, dos servidores e Ministério Público.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Paulo Piau (PP), vice-presidente, que dirigiu a reunião; Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Fábio Avelar (PTB) e Olinto Godinho (PSDB) e a deputada Jô Moares (PCdoB).

 

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