Cipe Rio Doce se reúne em Resplendor e Itueta na sexta

Nova mobilização de deputados mineiros e capixabas em torno da construção da Usina Hidrelétrica de Aimorés está marca...

28/06/2004 - 00:00
 

Cipe Rio Doce se reúne em Resplendor e Itueta na sexta

Nova mobilização de deputados mineiros e capixabas em torno da construção da Usina Hidrelétrica de Aimorés está marcada para esta sexta-feira (2/7/04) nas cidades de Resplendor e Itueta, localizadas no Vale do Rio Doce, na fronteira com o Espírito Santo. Os deputados José Henrique (PMDB) e Márcio Passos (PL) já confirmaram presença, bem como o capixaba Paulo Foletto (PSB-ES) e o deputado federal Leonardo Monteiro (PT-MG).

Em Resplendor, pela manhã, a Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Doce (Cipe Rio Doce) debate a implantação do Parque Estadual de Sete Salões, uma área de 12.520 hectares com grutas e pinturas rupestres, que é reivindicada como santuário pelos remanescentes de índios krenaks que vivem na região. A área foi escolhida para receber recursos de R$ 1,78 milhão do consórcio construtor da usina de Aimorés, formado pela Cemig e pela Cia. Vale do Rio Doce, e há uma ação do Ministério Público Federal para que esse dinheiro seja entregue aos indígenas.

"Esse impasse pode inviabilizar a licença de operação para o empreendimento, e queremos discuti-lo amplamente com o Ministério Público Federal, na presença dos fazendeiros da região, que estão sujeitos à desapropriação. Muitos deles sequer conhecem a ação do MP", disse o deputado José Henrique, relator da Cipe Rio Doce.

Usina quer entrar em operação em outubro

O assunto da reunião marcada para Itueta, à tarde, é a inundação do reservatório da usina, que atingirá toda a cidade a partir de outubro, data prevista no cronograma da obra para entrar em operação. Os engenheiros prevêem que o lago de 30 km2 será formado em apenas dez dias. Os deputados mineiros querem se assegurar do andamento das obras de Nova Itueta e apurar com a comunidade atingida se o consórcio cumpriu as promessas feitas desde a reunião de 2 de outubro de 2003, de construir casas maiores para os que serão desalojados.

"Nossa posição é de verificar que todos os direitos dos atingidos sejam atendidos em tempo útil para que a usina entre em operação", disse o deputado José Henrique.

 

 

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 3290 7715