Comissão do Trabalho avalia situação da Defensoria Pública

A situação dos defensores públicos de Minas Gerais, que estão em greve há três semanas, foi debatida, nesta terça-fei...

22/06/2004 - 00:01
 

Comissão do Trabalho avalia situação da Defensoria Pública

A situação dos defensores públicos de Minas Gerais, que estão em greve há três semanas, foi debatida, nesta terça-feira (22/6/04), pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social. As principais dificuldades enfrentadas pelo órgão foram apontadas pelo presidente da Associação de Defensores Públicos (Adep), Glauco David de Oliveira. Ele destacou que a precariedade na estrutura da defensoria desencadeia a atual ineficiência do órgão. "A maioria das pessoas que nos procuram não são atendidas, pois faltam instrumentos de trabalho e profissionais", frisou. Oliveira reivindicou melhores salários para a categoria e a efetividade da Lei Complementar 65/03, sancionada pelo governador Aécio Neves, que fixa subsídio para o setor. O deputado André Quintão (PT), autor do requerimento que deu origem ao debate, frisou que as áreas de assistência aos mais pobres, como é o caso da defensoria, estão sucateadas.

O presidente da comissão, deputado Alberto Bejani (PTB) destacou que o trabalho dos defensores públicos deve ser mais divulgado, pois muitas pessoas não têm conhecimento da importância desse ofício.

Com o intuito de esclarecer a atual situação da Defensoria Pública, a deputada Marília Campos (PT) e os deputados Alberto Bejani e André Quintão pediram, em requerimento aprovado pela comissão, a presença do secretário de Estado de Governo e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Danilo de Castro. Segundo Marília Campos, há uma "indisposição" do governo em negociar as reivindicações dos defensores públicos, e com a presença de um representante do governo, a comissão tentará abrir o processo de negociação.

Requerimentos

A comissão aprovou um requerimento da deputada Maria Tereza Lara (PT), pedindo realização de audiência pública para discutir o PL 1.672/04 que estabelece a política da pessoa com deficiência para Minas Gerais. Para a discussão a parlamentar solicitou a presença das seguintes autoridades: coordenador municipal da Coordenadoria de Apoio às Pessoas com Deficiência de Belo Horizonte, Márcio José Ferreira; do deputado federal Eduardo Luiz Barros; e do superintendente da Coordenadoria Estadual de Apoio e Assistência à Pessoa Deficiente, Flávio Couto e Silva; entre outras.

Outro requerimento aprovado na reunião refere-se à solicitação de audiência pública para discutir o problema de 873 ex-empregados das empresas União Industrial de Borracha S/A (Unisa) e Companhia de Artefatos de Borracha S/A, que há mais de nove anos propuseram ação judicial para cobrança de créditos trabalhistas quando essas empresas faliram. De acordo com a autora do requerimento, deputada Marília Campos, a ALMG realizou, no dia 5 de dezembro de 2001, audiência pública sobre o assunto. Mas, segundo ela, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Artefatos de Borracha de Minas Gerais (Sintibor) solicitou a continuação da audiência porque os ex-empregados ainda não conseguiram que a sentença dada fosse executada pela massa falida das referidas empresas. Para o debate serão convidados o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Artefatos de Borracha de Belo Horizonte, Paulo Antônio da Silva; o ex-síndico da massa falida, atual comissário da concordata suspensiva da Unisa, Paulo Pacheco de Medeiros Neto; o credor trabalhista da Unisa, Tarcísio Miguel de Oliveira; o promotor de Justiça de Contagem, Aldecir Resende; entre outros.

A comissão aprovou ainda requerimento do deputado Alberto Bejani, solicitando que os documentos referentes ao contrato entre Gtech e a Loteria do Estado de Minas Gerais sejam enviados à CPI do Café. De acordo com o parlamentar, a Comissão do Trabalho realizou algumas reuniões com o objetivo de elucidar a atual situação da Gtech, seu contrato com a Loteria Mineira, a multa aplicada à empresa e a auditoria realizada no referido contrato. Bejani ressaltou que a comissão solicitou à Presidência da Casa a instalação de uma CPI sobre o assunto, mas o pedido teria sido negado.

Foram aprovados ainda, na reunião, oito projetos de lei e um requerimento que dispensam a apreciação do Plenário da Assembléia.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Alberto Bejani (PTB), presidente; André Quintão (PT); Dalmo Ribeiro Silva (PSDB); a deputada Marília Campos (PT), vice-presidente; e os defensores públicos Lúcio Heleno Moreira e Lúcia Leite.

 

 

 

 

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