Comissão de Saúde vai discutir banco de sangue de cordão umbilical

A Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa vai discutir a possibilidade de criação de um banco de células de sangu...

18/06/2004 - 00:00
 

Comissão de Saúde vai discutir banco de sangue de cordão umbilical

A Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa vai discutir a possibilidade de criação de um banco de células de sangue de cordão umbilical em Minas Gerais. A reunião será realizada na próxima quinta-feira (24/6/04), às 9h30, no Auditório, e atende a requerimento do deputado George Hilton (PL). Ele é autor do Projeto de Lei 1.530/04, que pretende estimular o aumento das doações de sangue de cordão umbilical nas maternidades públicas do Estado. O projeto já recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia.

O sangue de cordão umbilical e placentário contém células-tronco hematopoiéticas, que podem ser utilizadas como alternativa ao transplante de medula óssea. Ele é colhido logo após o parto sem prejuízo para a mãe nem para o bebê e, depois de processado, pode ficar congelado em tanques de nitrogênio por muitos anos. Os portadores de leucemia que não têm doadores de medula compatíveis na própria família podem ser beneficiados com a transfusão dessas células-tronco. A criação de bancos de sangue de cordão umbilical e placentário é uma maneira de aumentar a possibilidade de encontrar doadores compatíveis.

No Brasil, iniciativa pioneira nesse sentido é do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que possui um banco com cerca de 500 amostras de células-tronco. Todos os dias, são recolhidos cordões umbilicais em duas maternidades de São Paulo. Os pacientes com indicação para transplante de medula são cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). O cruzamento de informações entre o Redome e o banco de sangue de cordão umbilical e placentário identifica os doadores compatíveis para a realização de transplante.

De acordo com o Inca, a coleta e o armazenamento de amostras de sangue de cordão umbilical e placentário custa ao Sistema Único de Saúde cerca de R$ 3 mil por unidade. A importação de amostras de centros estrangeiros custa aos cofres públicos aproximadamente US$ 32 mil a unidade. Somente o banco do Inca tem capacidade para armazenar 3 mil amostras.

A Sociedade Brasileira de Medula Óssea montou um grupo de estudo para criar uma rede nacional de bancos de sangue de cordão umbilical e placentário, com a participação do Inca e de outros hospitais de São Paulo e do Paraná. O objetivo é beneficiar o maior número possível de pacientes que precisam de um transplante. Segundo o Inca, o Redome tem 65 mil doadores inscritos - número que inclui também os voluntários que se dispõem a doar células da própria medula e é insuficiente para atender à atual demanda.

Foram convidados para a reunião o secretário de Estado da Saúde, Marcus Pestana; o diretor-geral do Hospital das Clínicas da UFMG, Ricardo Castanheira; o diretor-geral da Santa Casa de Belo Horizonte, Porfírio Marcos Rocha Andrade; a diretora do Hemominas, Anna Bárbara de Freitas Proietti; o presidente do Hospital Mater Dei, José Salvador Silva; o diretor-geral do Inca, José Gomes Temporão; e o professor de obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG, Antônio Vieira Cabral.

 

 

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