Fórum técnico sobre cerrado mineiro começa na segunda-feira (14)

Com o objetivo de levantar subsídios para o aperfeiçoamento das políticas públicas voltadas para o cerrado, a Assembl...

09/06/2004 - 00:01
 

Fórum técnico sobre cerrado mineiro começa na segunda-feira (14)

Com o objetivo de levantar subsídios para o aperfeiçoamento das políticas públicas voltadas para o cerrado, a Assembléia Legislativa, atendendo a requerimento do deputado Ricardo Duarte (PT), realiza nos dias 14 e 15 de junho, próximas segunda e terça-feiras, o Fórum Técnico "Cerrado Mineiro: Desafios e Perspectivas". Para o deputado Ricardo Duarte, o fórum, que tem o apoio de 28 entidades, deve buscar alternativas para a elaboração de políticas públicas que sejam orientadas pela sustentabilidade, conciliando as atividades econômicas com a preservação do meio ambiente e com o interesse social.

O fórum técnico foi precedido de um encontro regional, realizado no dia 21 de maio, em Uberlândia. No encontro, foram colhidas propostas que serão apresentadas nos grupos de trabalho, em Belo Horizonte. Os participantes do II Encontro Regional dos Povos do Cerrado, ocorrido em Pirapora nos dias 3, 4 e 5 de junho, também encaminharão à Assembléia sugestões para serem analisadas durante o fórum.

O presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB), fará a abertura do evento às 8 horas, no Plenário da Assembléia. Em seguida, o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo fará uma exposição sobre o tema "O cerrado mineiro e sua ocupação". As vertentes social, econômica e ambiental do cerrado serão abordadas em palestra com início previsto para as 9h30. Os expositores são a diretora do Centro de Estudos Econômicos e Sociais da Fundação João Pinheiro, Maria Luíza de Aguiar Marques; o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli; os diretores de Pesca e Biodiversidade do Instituto Estadual de Florestas, Célio Murilo de Carvalho Valle; e da Cooperativa Agroextrativista Grande Sertão, Aparecido Alves de Souza. Logo após a apresentação do tema, o deputado Ricardo Duarte coordenará a fase de debates.

Às 14 horas, três grupos de trabalho vão estudar propostas para os seguintes temas:

* Grupo 1: Conservação, Potencialidades e Biodiversidade, que será coordenado pelo pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Carlos Eugênio Martins

* Grupo 2: Desenvolvimento e Sustentabilidade, sob a coordenação do assessor de Planejamento da Emater/MG, Márcio Maia

* Grupo 3: Políticas para a Pesquisa no Cerrado, coordenado pelo professor do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia, Samuel do Carmo Lima

Na terça-feira (15), às 9 horas, a síntese das propostas dos grupos de trabalho será apresentada na plenária final do evento, coordenada pelo deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB), membro da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial. As propostas aprovadas serão entregues ao presidente da Assembléia e aos secretários de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho; e de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Bilac Pinto, no encerramento do fórum. O documento final servirá como subsídio para possíveis ações legislativas e executivas. Também será eleita a comissão de representação, que acompanhará os desdobramentos do fórum técnico.

Cerrado cobre quase metade do Estado

O cerrado caracteriza-se pela presença de árvores relativamente espaçadas umas das outras, com altura máxima de oito metros, cujas copas não se tocam. Erguem-se sobre um tapete herbáceo com predominância de gramíneas. As árvores e arbustos apresentam galhos e troncos tortuosos. Embora o cerrado seja a vegetação dominante desse bioma, há também nele formações campestres (campos limpos, onde predomina o extrato herbáceo) e formações florestais (cerradões, matas secas e matas ciliares). O cerrado, que cobre cerca de 50% da área total do Estado, possui solos ácidos e pobres em nutrientes, tornando-se adequado às atividades agropecuárias, o que vem provocando sérios problemas de devastação.

No Brasil, a província do cerrado inclui a parte do sul do Mato Grosso, todo o Estado de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, oeste da Bahia, oeste de Minas Gerais e o Distrito Federal. A partir do Brasil central, estende-se para o norte atingindo o sul do Maranhão e norte do Piauí, para o oeste, cobrindo pequena porção do Estado de Rondônia, e para o sul, cobrindo um quinto do Estado de São Paulo. Ocorre, também, em certas partes do Nordeste, em áreas pequenas e disjuntas, encravadas na Província da Caatinga.

 

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