Situação financeira da Loteria Mineira será debatida em
comissão
A atual situação financeira da Loteria Mineira e o
contrato celebrado com a Empresa Gtech do Brasil serão os temas
discutidos, na próxima terça-feira (08), na Comissão do Trabalho, da
Previdência e da Ação Social, às 14h30. A comissão já realizou
outras reuniões para debater o assunto e para a reunião do dia 8
foram convidados o diretor-geral da Loteria do Estado de Minas
Gerais, José Mauro da Silva e os ex-presidentes da Loteria do Estado
de Minas Gerais, Genedempsey Bicalho e Gil Marcos de Araújo, a
requerimento do deputado André Quintão (PT), membro da comissão.
A auditoria realizada pelo Estado apontou diversas
irregularidades no contrato da Gtech com a Loteria, como a ausência
de repasses de 25% da receita dos jogos on-line para programas
sociais e sucessivos aditamentos que desfiguraram metas
estabelecidas pelo contrato original. Uma dessas metas era a
instalação de três mil terminais de jogos on-line/real time até o
ano 2000. Foram instalados apenas 850 desses terminais, o que
motivou a aplicação de uma multa de R$ 29 milhões à Gtech, multa
essa que foi perdoada no final do ano 2000, na gestão do
ex-governador Itamar Franco. A auditoria constatou também a
existência de seis contas "fantasma" da Loteria Mineira, abertas no
Banco do Brasil entre 1999 e 2000, que somam R$ 890 mil.
O relatório final da a auditoria, que ficou pronto
em abril, sugere a rescisão do contrato da Loteria Mineira com a
Gtech, o que ainda não aconteceu. O contrato vigente vale até 2006,
e por meio dele, a Gtech ainda explora os jogos Roda da Sorte e
Pimba. As videoloterias, que também eram exploradas pela Gtech,
estão suspensas por decisão da Loteria Mineira, desde fevereiro,
quando o governo federal proibiu o funcionamento dos bingos após o
escândalo envolvendo o ex-assessor do governo federal, Waldomiro
Diniz.
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