Assembléia vai tentar negociação para evitar demissões na Prodemge

A Assembléia Legislativa vai tentar intermediar uma solução para os trabalhadores demitidos da Companhia de Processam...

01/06/2004 - 00:00
 

Assembléia vai tentar negociação para evitar demissões na Prodemge

A Assembléia Legislativa vai tentar intermediar uma solução para os trabalhadores demitidos da Companhia de Processamento de Dados de Minas Gerais (Prodemge). Requerimento do deputado Elmiro Nascimento (PFL) com essa finalidade foi aprovado na reunião da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social desta terça-feira (1º/6/04). Na mesma reunião, a pedido do deputado André Quintão (PT), a comissão ouviu o presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares de Minas Gerais, Jorge Alberto Gouvêa Prado.

O representante sindical condenou as demissões que vêm sendo feitas pela Prodemge. Ao todo, 154 trabalhadores contratados sem concurso público após 1988 vão perder seus empregos. A Constituição Federal de 1988 veda a contratação de trabalhadores sem concurso por autarquias e empresas públicas e por órgãos da administração direta de municípios, Estados e União. A Prodemge decidiu regularizar a situação de seus funcionários após firmar um termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público do Trabalho, que exigiu a demissão dos funcionários contratados irregularmente e a realização de concurso público para preenchimento de todas as vagas.

"A lei não diz que nós temos que ser demitidos. Todos entramos na Prodemge pela porta da frente, respondendo a anúncios publicados em jornais e passando por testes de seleção. Como recompensa por terem acreditado no governo, os trabalhadores estão recebendo como prêmio a demissão. E nossas famílias, vão fazer o quê?", questionou o presidente do Sindados, para quem esse processo configura uma demissão em massa. Segundo o sindicalista, os trabalhadores querem pelo menos que a empresa aguarde a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 54/99, que tramita no Congresso. De autoria do deputado federal Celso Giglio (PTB-SP), a proposta determina que o pessoal que não foi admitido por concurso público passa a integrar um "quadro temporário em extinção" no serviço público.

O presidente da comissão, deputado Alberto Bejani (PTB), não concorda com esse pleito. "Não existe nenhum dispositivo na legislação trabalhista que garanta a estabilidade desse pessoal admitido sem concurso público. Não sou a favor das demissões, mas como parlamentar, tenho que fazer cumprir a lei", argumentou. A deputada Marília Campos (PT) sugeriu uma nova rodada de negociações com o Ministério Público do Trabalho para evitar mais prejuízos a esses trabalhadores, proposta que foi transformada no requerimento assinado pelo deputado Elmiro Nascimento.

Projeto de combate à seca tem parecer favorável

A comissão aprovou parecer de 1o turno favorável ao Projeto de Lei 1.357/04, da deputada Ana Maria Resende (PSDB), que determina que o Estado deve adotar uma Política de Combate à Seca no Semi-Árido Mineiro. Os objetivos principais dessa política são a construção de barragens, abastecimento de água emergencial às populações atingidas pela seca, prorrogação das dívidas dos produtores rurais prejudicados e a liberação de linhas de crédito de emergência para a compra de suprimentos, ração e insumos. O relator, deputado André Quintão (PT), opinou pela aprovação do projeto na forma original.

Foram aprovados ainda dez proposições que dispensam apreciação do Plenário.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Alberto Bejani (PTB), presidente; Marília Campos (PT), vice; André Quintão (PT) e Elmiro Nascimento (PFL).

 

 

 

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