Assembléia discute Área de Livre Comércio das Américas

As negociações entre os países integrantes da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) vão ser discutidas no Plenár...

31/05/2004 - 00:00
 

Assembléia discute Área de Livre Comércio das Américas

As negociações entre os países integrantes da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) vão ser discutidas no Plenário da Assembléia Legislativa na próxima quinta-feira (3/6/04). O evento, solicitado pelo presidente da Frente Parlamentar Mineira de Acompanhamento das Negociações da Alca, deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), começa às 14 horas, logo após interrupção da Reunião Ordinária. Durante o evento, o chefe do Departamento da Alca do Ministério das Relações Exteriores, Tovar da Silva Nunes, vai explicar em que pé estão as negociações para a criação do bloco econômico.

No dia 8 de julho, haverá uma nova reunião semestral da Alca em Buenos Aires, na Argentina. Durante o encontro, o presidente do México, Vicente Fox, deve formalizar o pedido de inclusão do país como membro associado do Mercosul. O bloco já conta com Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai como membros efetivos e Chile e Bolívia como associados. O assunto foi discutido entre os presidentes do México e do Brasil no último fim de semana, durante a 3a Cúpula América Latina, Caribe e União Européia, realizada na cidade mexicana de Guadalajara.

Composta por 34 países com uma população total de 800 milhões de habitantes, a Alca pode se tornar o maior bloco comercial do mundo, com um produto interno bruto de 13 trilhões de dólares. O início do livre comércio está previsto para 2006, e para isso, as negociações comerciais entre os parceiros do bloco devem ser concluídas até 2005. País mais importante do bloco, os Estados Unidos defendem o fim de todas as barreiras alfandegárias dos países-membros para a livre circulação de mercadorias. Mas os norte-americanos não abrem mão das restrições indiretas (subsídios, cotas e barreiras fitossanitárias) à entrada de produtos latino-americanos em seu território.

Essas restrições afetam diretamente cerca de 60% dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. A posição do Brasil diante da Alca é a de entendimentos graduais, simultâneos e equilibrados, de modo que não prejudiquem a consolidação do Mercosul. Foi para acompanhar esses entendimentos que a Assembléia de Minas lançou, em agosto do ano passado, a Frente Parlamentar Mineira de Acompanhamento das Negociações da Alca. Para o deputado Adelmo Carneiro Leão, a frente é uma instância de discussão que pode servir como uma contribuição de Minas Gerais para as deliberações do governo brasileiro sobre o assunto.

 

 

 

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