Importância do eucalipto para economia mineira é debatida na ALMG

O principal dilema dos governos na questão do campo é definir o uso da terra e, a partir daí, implantar políticas púb...

24/05/2004 - 00:02
 

Importância do eucalipto para economia mineira é debatida na ALMG

O principal dilema dos governos na questão do campo é definir o uso da terra e, a partir daí, implantar políticas públicas baseadas no seu melhor uso, que contemplem aspectos sociais, econômicos e ambientais. A constatação foi feita pelo secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, nesta segunda-feira (24/5/04), durante a abertura do Ciclo de Debates "O Eucalipto", no Plenário da Assembléia Legislativa. Para ele, o problema de erosão e degradação ambiental não está no cultivo do eucalipto, mas na monocultura. "Todas as monoculturas afetam o meio ambiente, como o plantio de café, cana de açúcar e também a pecuária", disse. Ele ressaltou que é preciso encontrar um modelo de reflorestamento que promova a integração da atividade florestal com as atividades agropecuárias tradicionais, combinando todos os aspectos da atividade produtiva.

O objetivo do Ciclo de Debates "O Eucalipto", que acontece nesta segunda e terça-feira (24 e 25/5), é discutir os aspectos econômicos, sociais e ambientais do cultivo do eucalipto, incorporado à economia mineira. O evento acontece a pedido da deputada Maria José Haueisen e do deputado Rogério Correia, ambos do PT, para subsidiar a discussão do Projeto de Lei (PL) 1.071/03, apresentado por Correia, que trata do zoneamento agroecológico no Estado. A cultura do eucalipto é aplicada em diferentes processos e com diversas finalidades, como produção de celulose e papel. Também é fonte de produtos como óleos essenciais e mel.

O deputado Gil Pereira (PP) representou o presidente da Assembléia, Mauri Torres (PSDB), na abertura do debate. Ele destacou a importância do eucalipto para a economia mineira. "O eucalipto é matéria-prima para variadas aplicações, como produção de celulose, papel e para a indústria de móveis, e é importante fonte de arrecadação de impostos para o Estado e os municípios. Além disso, há geração de emprego e renda para centenas de famílias", afirmou. O deputado ressaltou também que as políticas que vão ser implantadas devem apresentar sintonia com o conceito de sustentabilidade, pressupondo a viabilidade das atividades econômicas, em harmonia com o meio ambiente e com interesse social.

Representando Odelmo Leão, secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o chefe de gabinete Afonso Damásio Soares afirmou que o modelo de reflorestamento será definido pelos órgãos ambientais, mas a secretaria pode colaborar na formulação de políticas ambientais, por meio da Epamig e Emater.

 

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