Comissão analisa laudo técnico de operação policial em que morreu civil

O laudo da perícia técnica de balística relativo à operação da Polícia Militar realizada no dia 25 de fevereiro na ro...

14/05/2004 - 00:00
 

Comissão analisa laudo técnico de operação policial em que morreu civil

O laudo da perícia técnica de balística relativo à operação da Polícia Militar realizada no dia 25 de fevereiro na rodovia MG-10, em Vespasiano, será debatida em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos nesta terça-feira (18/5/04). A operação policial culminou na morte da vendedora Ana Paula Nápolis da Silva e deixou ferido o superintendente de Operações da Cemig, Tarcísio Celso de Castro. A reunião, que será às 14h30, no auditório, foi solicitada pelo deputado Durval Ângelo (PT).

Foram convidados para a audiência o ouvidor da Polícia Militar, José Francisco da Silva; o 2º Sargento Noel Rosa de Jesus; o presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar (Aspra), Sargento José Luiz Barbosa; o comandante da 7ª Regional da PMMG, coronel Reinaldo Martins; o presidente da Associação dos Oficiais da PMMG, major Zoé Ferreira Santos; e o delegado titular da 2ª Delegacia de Homicídio, Vicente Ferreira Guilherme.

Morte de civis já havia sido tema de audiência

O episódio já foi tema de audiência da comissão, no dia 4 de março. Na ocasião, o ouvidor de Polícia, José Francisco da Silva, manifestou preocupação com o aumento do número de casos de vítimas civis nos confrontos entre policiais militares e bandidos. Ele apresentou dados de uma pesquisa realizada pela Ouvidoria, e informou que nos dois primeiros meses do ano, morreram nove pessoas nesses confrontos, numa média de 4,5 vítimas por mês. Segundo ele, em 2003, a média era de 2,4 por mês.

Na mesma reunião, o tio da vendedora morta na operação, José Hamilton da Silva, pediu para ser ouvido no inquérito, já que fez fotos do local, e sabia que a vendedora foi morta muito perto de onde foi baleado o superintendente da Cemig, Tarcísio Celso de Castro, pelo mesmo grupo de policiais que faziam a perseguição a assaltantes. No caso do superintendente, o inquérito já conta com a informação do cabo José Luiz, que confessou ter atirado em Tarcísio de Castro por engano, pensando tratar-se do bandido, e que efetuou quatro disparos.

 

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