Redução de carga tributária sobre cachaça artesanal é tema de reunião

A possibilidade de inclusão dos produtores artesanais de cachaça no Sistema Integrado de Planejamento de Impostos e C...

14/05/2004 - 00:00
 

Redução de carga tributária sobre cachaça artesanal é tema de reunião

A possibilidade de inclusão dos produtores artesanais de cachaça no Sistema Integrado de Planejamento de Impostos e Contribuições das Microempresas de Pequeno Porte (Simples). Esse vai ser o tema da reunião conjunta das comissões de Política Agropecuária e Agroindustrial e de Turismo, Indústria e Comércio da Assembléia Legislativa na próxima quarta-feira (19/5/04). A reunião, solicitada pelos deputados Biel Rocha (PT) e Gil Pereira (PP), vai ser realizada no Auditório, a partir das 15h15. Os deputados consideram muito alta a carga tributária incidente sobre a cachaça artesanal, o que, para eles, desestimula a formalização dos produtores clandestinos e dificulta a regulamentação do produto pelo governo do Estado.

O Simples é um regime tributário simplificado, criado para beneficiar microempresas (com receita bruta anual de até R$ 120 mil) e empresas de pequeno porte (com receita anual entre R$ 120 mil e R$ 1,2 milhão). Uma das vantagens para as empresas que optam pelo sistema é o recolhimento unificado de impostos e contribuições federais, com a possibilidade de inclusão dos tributos estaduais e municipais, caso sejam firmados convênios com essa finalidade. Além disso, as empresas que optam pelo Simples se beneficiam do cálculo simplificado do valor dos tributos a ser recolhido, com base somente na receita bruta mensal, e da dispensa do recolhimento de contribuições patronais.

Minas Gerais é o maior produtor de cachaça artesanal do Brasil, com 8.466 alambiques que destilam 200 milhões de litros por ano, de acordo com a Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade (Ampaq). O setor emprega cerca de 240 mil pessoas e movimenta aproximadamente R$ 1,5 bilhão no Estado. Apenas 0,3% da produção mineira é exportada, e por volta de 95% dos alambiques mineiros são informais, sem registro no Ministério da Agricultura, segundo a Ampaq.

Foram convidados para a reunião o secretário da Receita Federal Jorge Antônio Deher Rachid; o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG); o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Wilson Brumer; o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Odelmo Leão; os deputados federais José Militão (PTB-MG) e Júlio Delgado (PPS-MG); o presidente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral de Minas Gerais, Luiz Otávio Possas Gonçalves; e o presidente da Ampaq, Luiz Cláudio Cury.

 

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