Deputados cobram nomeação de diretora de escola em Divinópolis

Providências ágeis da Secretaria de Estado da Educação (SEE) para solucionar o caso da professora Horizontina Ramos, ...

12/05/2004 - 00:00
 

Deputados cobram nomeação de diretora de escola em Divinópolis

Providências ágeis da Secretaria de Estado da Educação (SEE) para solucionar o caso da professora Horizontina Ramos, eleita e não nomeada como diretora da Escola Estadual São Francisco de Paula, em Divinópolis. Esse foi o apelo de todos os deputados presentes à audiência da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Assembléia Legislativa, que discutiu o assunto nesta quarta-feira (12/5/04). Representando o deputado Weliton Prado (PT), que requereu a audiência, a deputada Maria Tereza Lara (PT) lamentou a ausência das representantes da SEE. O presidente da comissão, deputado Adalclever Lopes (PMDB) informou que a secretária de Educação, Vanessa Guimarães, e a diretora da 13ª Superintendência Regional de Ensino (SRE) justificaram a ausência.

Horizontina Leite Ramos disse que era professora na Escola São Francisco há 21 anos, tendo assumido sua direção por 14 anos. Ela declarou que cumpriu todos os requisitos legais para participar da eleição, realizada em fevereiro deste ano, e o resultado foi que, dos 271 votos, 211 foram para ela, 56 da candidata da outra chapa, dois brancos e dois nulos. "Fui nomeada em abril, mas não tomei posse. Vim aqui para buscar justiça", indignou-se a professora.

Irregularidades - O deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) perguntou a Horizontina se o comunicado da secretaria impugnava a sua nomeação ou a própria eleição. Ela respondeu que não houve irregularidades na eleição e que foi comunicada através de fax encaminhado à 13ª SRE de que o ato de sua nomeação se tornara sem efeito. "Dirigido diretamente a mim, não houve nenhum documento", reclamou ela, antes de entregar cópia do fax à comissão. Adalclever Lopes acrescentou que no ofício recebido da SEE fala-se em retardar e não cancelar definitivamente a nomeação. Assim mesmo, Lopes criticou o procedimento da secretaria, que, segundo ele, não teria dado à professora o direito à ampla defesa: "ninguém pode ser condenado sem o devido processo legal".

Também a deputada Maria Tereza Lara fez questionamento quanto à existência de algum procedimento administrativo para apurar irregularidades na gestão de Horizontina na escola. A diretora não nomeada respondeu negativamente, apresentando também à comissão cópia de sua ficha funcional, que, segundo ela, não teria nenhum processo ou irregularidade.

Deputado testemunha a favor da professora

O deputado Domingos Sávio (PSDB), majoritário em Divinópolis, deu seu testemunho da "seriedade de Tininha" (apelido da professora). Sávio registrou que, pouco antes da posse, uma pessoa havia denunciado irregularidades que teriam sido cometidas por Horizontina, quando era diretora. "Mas pelo que percebi, não houve nenhum dolo por parte dela", ressalvou o deputado. Ainda segundo ele, a superintendente lhe disse que, para preservar Horizontina, estaria adiando a sua nomeação, por orientação da SEE, até que a apuração fosse concluída.

Agilidade - Os deputados Leonídio Bouças (PTB) e Sidinho do Ferrotaco (PSDB) relataram casos parecidos com o de Horizontina ocorridos nas regiões em que são majoritários. Depois de constatar a demora na resolução dessas pendências, os dois cobraram agilidade nas apurações da para que a Secretaria de Educação possa proceder às nomeações. Já o deputado Antônio Júlio (PMDB) cobrou da secretaria os motivos que impediram a nomeação de Horizontina, pedindo à comissão que fizesse encaminhamento nesse sentido.

Como providências em relação ao problema, a comissão aprovou requerimento conjunto dos deputados Adalclever Lopes, Sidinho do Ferrotaco e da deputada Maria Tereza Lara solicitando à SEE informações sobre quantos e quais casos existem de pendências quanto à nomeação e posse de diretores eleitos nas escolas estaduais. Os parlamentares pedem ainda que sejam agilizados os procedimentos administrativos que têm impedido a posse dos eleitos. Outro requerimento, da deputada Maria Tereza Lara, solicita visita da comissão à secretaria para debater o assunto e verificar os motivos de algumas diretoras eleitas não terem sido empossadas.

Outros requerimentos aprovados:

* do deputado Dalmo Ribeiro Silva, pedindo audiência pública para debater os cursos técnicos da Fundação de Educação para o trabalho de Minas Gerais (Utramig);

* dos deputados Adalclever Lopes, Sidinho do Ferrotaco e da deputada Maria Tereza Lara, solicitando audiência pública para debater o plano de carreira dos servidores da Educação;

* do deputado Adalclever Lopes, dois requerimentos solicitando: audiência para debater os processos de credenciamentos, pelo Conselho Estadual de Educação (CEE), de cursos de nível superior, oferecidos por fundações privadas; e informações ao CEE e à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, sobre quais cursos de nível superior tiveram autorização do conselho para implantação em Minas, nos últimos dez anos, e quais não tiveram autorização. A informação deverá ser discriminada por instituição de ensino, apontando qual o relator da matéria na Câmara de Ensino Superior e qual a composição da Câmara de Ensino Superior, nos últimos dez anos.

* dos deputados André Quintão (PT), Gustavo Valadares (PFL) e Leonardo Quintão (PMDB), em que solicitam audiência pública da comissão em conjunto com a de Participação Popular, em Santa Luzia, para debater a qualidade do ensino e da segurança nas escolas estaduais do município.

Foram ainda aprovados em turno único 11 requerimentos numerados que dispensam a apreciação do Plenário. O Projeto de Lei 1.166/03, que estava pautado para a reunião, não foi apreciado por não cumprir pressupostos regimentais.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Adalclever Lopes (PMDB), presidente da comissão; Sidinho do Ferrotaco (PSDB), Leonídio Bouças (PTB), Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Domingos Sávio (PSDB) e Antônio Júlio (PMDB), além da deputada Maria Tereza Lara (PT).

 

 

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