Liberação da venda de álcool líquido é tema de audiência

A polêmica envolvendo a liberação da venda de álcool líquido nos supermercados vai ser trazida à Comissão de Defesa d...

10/05/2004 - 00:01
 

Liberação da venda de álcool líquido é tema de audiência

A polêmica envolvendo a liberação da venda de álcool líquido nos supermercados vai ser trazida à Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembléia Legislativa na próxima quarta-feira (12/5/04), às 10 horas, no Plenarinho III. Atendendo a requerimento da deputada Lúcia Pacífico (PTB), a comissão vai trazer os seguintes convidados para discutir o assunto: o secretário executivo do Procon Estadual, Marcos Tofani Baer Bahia; o diretor-geral do Instituto Estadual de Pesos e Medidas, Elcy Gomes da Costa; o coordenador da unidade de queimados do Pronto-Socorro João XXIII, Ilmeu Cosme Dias; o presidente do conselho diretor da Associação Mineira dos Supermercados, José Nogueira Soares Nunes; o diretor do Sindicato dos Farmacêuticos, Rilke Novato Públio; e o presidente da Associação Brasileira de Produtores e Envasadores de Álcool (Abraspea), José Carlos Balbe de Rezende.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em fevereiro de 2002 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editou a Resolução 46, que proibiu a venda do álcool líquido 96º GL no País, substituindo-o pelo álcool gel. O objetivo foi reduzir o número de casos de queimaduras por acidentes com álcool líquido no país (cerca de 150 mil pessoas por ano, segundo o Ministério da Saúde). A ação causou a redução de 60% de casos nos primeiros meses de validade da medida, o que representou 90 mil adultos e 27 mil crianças a menos na lista dos queimados.

Mas uma liminar concedida em agosto de 2002 permitiu à Abraspea voltar a vender o álcool líquido em drogarias, supermercados e outros estabelecimentos comerciais. Pela medida da Anvisa, os fabricantes teriam seis meses para se adaptar ao novo formato. A resolução permitia apenas a venda do álcool líquido abaixo de 46º INPM (Instituto Nacional de Pesos e Medidas), com o qual o potencial de combustão do álcool diminui sensivelmente. A maior parte dos acidentes tem como palco churrascos, onde os participantes utilizam o álcool 96º GL (Gay-Lussac) para obter uma combustão mais rápida. Brincadeiras de crianças são outra causa desses acidentes. Agora, a Anvisa está lutando na Justiça para derrubar a liminar que favorece os produtores.

 

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