Fechamento de agências do Bemge vai ser discutido em
reunião
O fechamento de agências do Banco do Estado de
Minas Gerais (Bemge) no interior vai ser o tema da reunião conjunta
das comissões de Fiscalização Financeira e Orçamentária e de
Assuntos Municipais e Regionalização da Assembléia Legislativa. A
reunião, solicitada pelos deputados Mauro Lobo (PSB), Antônio Júlio
(PMDB), Chico Simões (PT) e Paulo Cesar (PFL), será realizada na
próxima terça-feira (11/5/04), a partir das 14h45, no Auditório da
Assembléia.
Somente neste ano, 25 agências com bandeira Bemge
já foram fechadas. Todas eram agências pioneiras, ou seja, única
opção de atendimento bancário em pequenas cidades do interior. Com
isso, cerca de 96 mil pessoas ficaram sem acesso a serviços
bancários em suas cidades. Os deputados querem cobrar uma explicação
do Itaú, controlador do Bemge, para essa decisão. No ano passado, o
lucro líquido do Itaú foi de R$ 3,152 bilhões. Ainda existem 111
agências do Bemge, que são a única opção de atendimento bancário
para 598 mil habitantes de 105 pequenas cidades mineiras.
Após a privatização do Bemge, em 1998, o Itaú
assumiu a prestação de serviços bancários para o governo do Estado.
O pagamento dos 600 mil servidores estaduais é feito pelo Itaú,
assim como a movimentação financeira da arrecadação estadual, que
girou em torno de R$ 10,8 bilhões no ano passado. Pelo contrato de
prestação de serviços, o Itaú não é obrigado a manter as agências
pioneiras no interior, apenas precisa comunicar a decisão de
fechamento das unidades à Secretaria de Estado da Fazenda com 90
dias de antecedência.
Foram convidados para a reunião o secretário de
Estado da Fazenda, Fuad Noman; a presidente da Associação Mineira
dos Municípios, Adriene Barbosa; o presidente da Federação Mineira
de Associações Microrregionais de Municípios, José Fernando
Aparecido de Oliveira; o diretor-gerente comercial de agências do
Itaú, Luiz Antônio Ribeiro; o presidente do Sindicato dos Bancários
de Belo Horizonte e Região, Fernando Ferraz Neiva; e o presidente da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Raimundo Cândido.
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