Relator apresenta substitutivo a proposição sobre licença ambiental

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, nesta quinta-feira (6/5/04), parecer pela legalidade do Projeto d...

06/05/2004 - 00:02
 

Relator apresenta substitutivo a proposição sobre licença ambiental

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, nesta quinta-feira (6/5/04), parecer pela legalidade do Projeto de Lei (PL) 1.415/04, do deputado Jayro Lessa (PL), que garante a concessão de licença ambiental no caso de o órgão responsável deixar de se manifestar sobre o pedido de licenciamento no prazo regulamentar. Prevê ainda que o empreendedor ficará isento de taxas de licenciamento e poderá iniciar sua atividade ou obra.

Em seu parecer, o deputado Bonifácio Mourão (PSDB) alega que essa concessão, juridicamente chamada de "ad referendum", é ilegal. Por isso, apresentou um substitutivo ao projeto, que consiste na alteração do artigo 8º da Lei 7.772, de 1980, que dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente no Estado de Minas Gerais. O substitutivo prevê que, "esgotados os prazos de análise dos estudos ambientais sem deliberação do Copam, o pedido de licenciamento é compulsoriamente incluído na pauta para discussão e julgamento do órgão ambiental, por determinação do presidente, com sobrestamento das decisões sobre as demais matérias". Depois de 60 dias do sobrestamento, o presidente deverá deferir ou indeferir a licença requerida. A sistemática é semelhante à que ocorrer na tramitação de projetos de lei de iniciativa do governador com pedido de urgência.

Adiada votação de projeto sobre TCE

O Projeto de Lei Complementar (PLC) 38/03, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que trata da lei orgânica daquele órgão, não chegou a ser apreciado, apesar de já haver um parecer pela legalidade, apresentado na reunião anterior pelo deputado Leonídio Bouças (PTB). A deputada Maria Tereza Lara (PT) leu um voto em separado, no qual questiona a constitucionalidade de uma série de dispositivos contidos no PLC. "Trata-se de um parecer técnico com o objetivo de subsidiar a discussão pela comissão", disse a deputada. Diante dos argumentos apresentados, o deputado Ermano Batista (PSDB) pediu o adiamento da votação, ressalvando, no entanto, que o voto lido pela deputada apresenta algumas contradições.

Na condição de relator designado do PL 1.523/04, o deputado Ermano Batista pediu prazo regimental para analisar a proposição, que proíbe as guardas municipais de aplicarem multas de trânsito. O projeto é do deputado Arlen Santiago (PTB), que defendeu a matéria argumentando que ela tem o objetivo de "estancar a sangria" sobre o orçamento dos brasileiros através da chamada "indústria das multas, que muitas vezes chegam a arrancar mais recursos do contribuinte que o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU)".

A CCJ aprovou ainda um parecer pela legalidade e outro pela ilegalidade a projetos que tratam da doação de imóveis. Decidiu pela legalidade também de dois projetos que declaram entidades de utilidade pública.

O PL 1.513/04, do deputado Biel Rocha (PT), foi retirado da pauta porque a comissão perdeu prazo para emitir seu parecer. A proposição dispensa o vestibular para maiores de 60 anos nas universidades do Estado.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Bonifácio Mourão (PSDB), presidente; Ermano Batista (PSDB), Leonídio Bouças (PTB), Maria Tereza Lara (PT) e Arlen Santiago (PTB).

 

 

 

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