Pitangui vai defender sua inclusão na Estrada Real, em comissão

A inclusão de Pitangui, região Central de Minas Gerais, no programa da Estrada Real vai ser discutida na cidade, na q...

03/05/2004 - 00:00
 

Pitangui vai defender sua inclusão na Estrada Real, em comissão

A inclusão de Pitangui, região Central de Minas Gerais, no programa da Estrada Real vai ser discutida na cidade, na quinta-feira, dia 13 de maio, pela Comissão de Turismo, Indústria e Comércio da Assembléia Legislativa. Segundo informações do gabinete do deputado Paulo Cesar (PFL), autor do requerimento, o pedido pela reunião partiu da Prefeitura e de autoridades de Pitangui, município que fica a 125 km da Capital.

Segundo reportagem do Estado de Minas desta segunda-feira (3/5), três órgãos estaduais, além de autoridades locais, já estão empenhados na valorização histórica e cultural da cidade, uma das primeiras povoações do ciclo do ouro das Gerais: a Comissão de Turismo da Assembléia, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) e o Ministério Público.

Na semana que antecede a audiência pública da Assembléia, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) vai a Pitangui verificar as condições da Igreja de São Francisco, de 1872, e de outras construções. Segundo o Iepha, não há tombamentos estaduais no município, mas a Prefeitura reivindica a proteção oficial pelo Estado de quatro capelas e da casa do bandeirante Antônio Rodrigues Velho, conhecido como Velho da Taipa.

Provocado pela comunidade de Pitangui, o Grupo Especial das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural, do MP, começou na semana passada a cadastrar os bens históricos da cidade. A conclusão inicial da equipe é de que a maioria dos prédios, muitos dos quais particulares, encontra-se em "estado regular ou péssimo".

Abandono - Embora descaracterizada nas últimas décadas, Pitangui guarda um belo conjunto arquitetônico, dos séculos XVIII e XIX, praticamente desconhecido da maioria dos brasileiros. Os motivos desse esquecimento, segundo a reportagem, seriam a insensibilidade das autoridades, ganância de especuladores e a localização geográfica, levando os monumentos históricos ao abandono e à decadência.

O presidente do Conselho do Patrimônio Cultural de Pitangui, Marcos Faria, líder do movimento para preservação do acervo histórico, afirma na reportagem que a emergência maior é a recuperação do Instituto Histórico. O prédio, onde ficavam o Museu de Arte Sacra e o Arquivo Judicial, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). De acordo com Faria, recentemente, o prédio foi fechado devido ao risco de desabamento, e transferidas para outro local as imagens e documentos da memória do Centro-Oeste mineiro, existentes desde 1714.

 

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