Pitangui vai defender sua inclusão na Estrada Real, em
comissão
A inclusão de Pitangui, região Central de Minas
Gerais, no programa da Estrada Real vai ser discutida na cidade, na
quinta-feira, dia 13 de maio, pela Comissão de Turismo, Indústria e
Comércio da Assembléia Legislativa. Segundo informações do gabinete
do deputado Paulo Cesar (PFL), autor do requerimento, o pedido pela
reunião partiu da Prefeitura e de autoridades de Pitangui, município
que fica a 125 km da Capital.
Segundo reportagem do Estado de Minas desta
segunda-feira (3/5), três órgãos estaduais, além de autoridades
locais, já estão empenhados na valorização histórica e cultural da
cidade, uma das primeiras povoações do ciclo do ouro das Gerais: a
Comissão de Turismo da Assembléia, o Instituto Estadual do
Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) e o
Ministério Público.
Na semana que antecede a audiência pública da
Assembléia, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
de Minas Gerais (Iepha/MG) vai a Pitangui verificar as condições da
Igreja de São Francisco, de 1872, e de outras construções. Segundo o
Iepha, não há tombamentos estaduais no município, mas a Prefeitura
reivindica a proteção oficial pelo Estado de quatro capelas e da
casa do bandeirante Antônio Rodrigues Velho, conhecido como Velho da
Taipa.
Provocado pela comunidade de Pitangui, o Grupo
Especial das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio
Cultural, do MP, começou na semana passada a cadastrar os bens
históricos da cidade. A conclusão inicial da equipe é de que a
maioria dos prédios, muitos dos quais particulares, encontra-se em
"estado regular ou péssimo".
Abandono - Embora
descaracterizada nas últimas décadas, Pitangui guarda um belo
conjunto arquitetônico, dos séculos XVIII e XIX, praticamente
desconhecido da maioria dos brasileiros. Os motivos desse
esquecimento, segundo a reportagem, seriam a insensibilidade das
autoridades, ganância de especuladores e a localização geográfica,
levando os monumentos históricos ao abandono e à decadência.
O presidente do Conselho do Patrimônio Cultural de
Pitangui, Marcos Faria, líder do movimento para preservação do
acervo histórico, afirma na reportagem que a emergência maior é a
recuperação do Instituto Histórico. O prédio, onde ficavam o Museu
de Arte Sacra e o Arquivo Judicial, foi tombado pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). De acordo com
Faria, recentemente, o prédio foi fechado devido ao risco de
desabamento, e transferidas para outro local as imagens e documentos
da memória do Centro-Oeste mineiro, existentes desde 1714.
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